O juiz Antônio Augusto Balieiro Diniz, da 1ª Vara Criminal de Barra Mansa, condenou a 14 anos de prisão um policial militar acusado de assassinar, em novembro de 2009, a gerente da Boate Chafariz, na Ponte Alta, em Volta Redonda. Na decisão proferida quarta-feira (dia 30), o juiz Antônio Augusto Gonçalves Balieiro Diniz determinou o afastamento cautelar de Leandro Pereira Gomes de suas funções como policial.


Rita Lúcia Vieira Campos, de 19 anos, foi morta com um tiro no ouvido na Vila Barbará, em Barra Mansa. O crime teria sido motivado porque a mulher estaria disposta a confirmar a presença de menores de idade como garotas de programa na boate. Ela havia sido presa numa operação da Polícia Civil de Volta Redonda contra a exploração sexual de menores.


A vítima, também segundo foi apontado no inquérito policial, teve um relacionamento com Leandro e teria ameaçado revelar o caso à namorada dele. O policial, que sempre negou o crime, chegou a ser preso depois que um exame apontou que a bala que matou a jovem saiu de sua arma, apreendida na casa de uma amiga dele, no bairro Estamparia. O policial, no entanto, foi autorizado pela Justiça a responder em liberdade.


Segundo consta do inquérito, Leandro estava participando de um churrasco e saiu para cometer o crime, retornando depois como se nada tivesse ocorrido. “Tal comportamento demonstra frieza, evidente desapreço e até mesmo desprezo pela vida da vítima, que era uma pessoa com quem havia mantido relacionamento amoroso até quase a véspera do crime”, mencionou o juiz na sua sentença. Ele também assistiu o sepultamento de Rita Lúcia, como se nada tivesse a ver com o ocorrido. “No que toca à conduta social do réu é possível constatar nos autos que os relatos indicam o envolvimento direto do réu em estabelecimento de exploração de prostituição, conduta incompatível com a sua condição de policial militar, agente público que deveria zelar pelo cumprimento da lei”, registrou o magistrado.

Foto: Diário do Vale

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