A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Policlínica e de seus Serviços de Saúde Mental e Qualidade de Vida, instituiu uma Força-Tarefa Pós-Incidente Crítico voltada ao acolhimento e acompanhamento psicológico dos policiais civis diretamente envolvidos na Operação Contenção, realizada na última terça-feira (dia 28), nos complexos do Alemão e da Penha. A iniciativa tem como objetivo oferecer acolhimento e escuta qualificada aos servidores expostos a situações de alto impacto emocional, contribuindo para a mitigação de possíveis efeitos traumáticos e para o fortalecimento da saúde mental.
Como reforço a esse trabalho, a gestão da Polícia Civil lotou mais três psicólogos no Serviço de Saúde Mental da Policlínica, que atuarão inicialmente na Força-Tarefa. A equipe será incorporada ao Serviço de Atendimento Psicossocial (SAPSI), cuja implementação está prevista em um Programa de Saúde Mental do governo do Estado, em cumprimento à ADPF 635, decisão do Supremo Tribunal Federal que estabelece medidas de proteção à vida e à integridade dos policiais civis e militares do Estado do Rio de Janeiro pós-incidente crítico.
A Força-Tarefa conta com a parceria do Instituto de Pesquisa, Prevenção e Estudos em Suicídio (IPPES), que através do acordo de cooperação com o Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ) assegura fundamentação científica e suporte técnico às ações educativas e de acolhimento. Essa articulação representa um avanço significativo na consolidação de uma política de cuidado, prevenção e valorização da vida no âmbito da Polícia Civil.
