As festas de fim de ano estão aí. Época em que muitos brasileiros aproveitam para ornamentar as residências com árvores de natal e os tradicionais enfeites luminosos, que impactam no consumo de energia. As altas temperaturas neste período também tendem a causar reflexos na conta de luz, com o uso de ventiladores ou ar-condicionado.

O contribuinte precisa ter atenção com a instalação das lâmpadas decorativas de pisca-pisca ou cascatas, que consomem muita energia. Um conjunto com 100 luzes comuns, por exemplo, se ficar ligado 8h por dia, representa um aumento no consumo de 12 kWh por mês. Em Volta Redonda, este ano a preocupação precisa ser redobrada. A partir da conta de energia elétrica deste mês de novembro, o consumidor agora tem que pagar uma nova tarifa, a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip). 

Implementada em 2018, a Lei Municipal foi alterada em maio deste ano, após mensagem encaminhada à Câmara de Vereadores pelo prefeito Neto (DEM). Com a mudança, os consumidores residenciais a partir da medição de novembro serão taxados em 8% do valor pago à concessionária Light, conforme o consumo de energia elétrica por mês.

“Chega a ser inacreditável que, em meio à crise e à pandemia, a gente ainda tenha que arcar com essa tarifa. A minha conta veio no valor de R$ 304,51, e só a taxa tem o valor de R$ 22,55”, disse Ailton Soares, morador do bairro Vista Verde.

Fernanda Pires, do Jardim Belvedere, também recebeu com surpresa a conta de luz, que veio com acréscimo de R$ 32,72. “Sei que a taxa já existia, mas é o primeiro mês que pago. Não acho que a população, que já paga muito e vários impostos, ainda tenha que arcar com a iluminação pública. Daqui uns dias, além do IPTU, IPVA, vão inventar o imposto sobre o asfalto, pela pintura das vias, e o trabalhador cada dia tem mais gasto”, ironizou.

Para o vereador Betinho Albertassi (PSD), um dos sete parlamentares que se posicionou contra a taxa, esse não é o momento para a cobrança da Cosip. “Fui contrário, voto vencido, e acho que o momento não é propício para criar taxas. Acho 8% e 4% respectivamente residência e comércio uma taxação abusiva. Estamos vivendo um momento de crise’, disse o parlamentar.

Comércio

Para o comércio, será cobrado 4% na conta de energia do empresário que consumir mais de 800 kwh/mês. Enquanto na indústria 0,8% para consumo superior a 1000 kwh. A cobrança é feita de acordo com a testada – a extensão do terreno em relação à via onde ele fica – registrada no cadastro da prefeitura. Para se ter um exemplo, o comerciante que gasta R$ 2 mil, terá uma taxa mensal de R$ 80. 

Para a aprovação da lei, na ocasião, o prefeito Neto argumentou que o atual sistema de iluminação pública tem sido remodelado e gerenciado, mas possui um considerável grau de depreciação das instalações e índices luminotécnicos abaixo dos valores recomendados pelas normas técnicas.

“A salvação de Volta Redonda será a arrecadação desse dinheiro, que será só para pagar a iluminação pública”, declarou Neto.

A Light S/A também se manifestou, em maio, e esclareceu que apenas arrecada a contribuição de Iluminação Pública, por meio da conta de energia. “O valor é integralmente repassado para a Prefeitura Municipal, que é a responsável pela instalação e manutenção do serviço de Iluminação Pública”, ressaltou a concessionária. Como diz o apresentador José Luiz Datena: “É só no nosso”.

1 COMENTÁRIO

  1. É só o que sabem fazer: meter a mão no bolso do povo. Nunca mais terão voto meu pra prefeitos e vereadores… são uma corja de oportunistas…nunca fazem nada pelo povo.

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