A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta segunda-feira (dia 7), a Operação Stop Loss, que visa desarticular uma quadrilha de golpistas que manipulava empréstimos de aposentados e servidores públicos e sumia com o dinheiro. A operação, que conta com agentes da delegacia de Niterói, objetiva cumprir sete mandados de prisão e cinco de busca e apreensão. Até o momento, cinco pessoas já foram presas e devem responder por estelionato e associação criminosa.
Segundo as investigações, os golpistas abriam empresas em nome próprio ou de “laranjas” e atraíam clientes oferecendo retornos vantajosos em investimentos no mercado financeiro. Os recursos eram obtidos por meio de empréstimos consignados contraídos pelas vítimas com a orientação dos criminosos.
Após os empréstimos, as vítimas ficavam com 10% do valor e transferiam 90% para contas bancárias indicadas pela empresa. Para dar aparência de legalidade, as firmas emitiam um contrato de cessão de crédito e investimento em que se encarregavam de fazer as supostas operações no mercado financeiro para pagar todas as parcelas dos consignados.
Como as operações financeiras prometidas pela empresa eram inexistentes, após o pagamento das primeiras parcelas, os estelionatários fechavam as portas das firmas e desapareciam com o dinheiro, deixando as dívidas dos empréstimos para as vítimas.
Os agentes da 76ª DP descobriram que por trás de três empresas usadas para praticar os golpes estavam pai e filho. A ficha criminal de cada um possui cerca de 20 anotações por estelionato, organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. Apesar do histórico, eles nunca haviam sido presos.
Um fato que surpreendeu os investigadores é que uma das empresas que fechou as portas, em setembro de 2021, tinha como sócia-administradora uma idosa, de 80 anos, acometida por um quadro de demência grave. Ela é tia de outro envolvido no esquema criminoso, que tirou proveito do estado de saúde da mulher para usá-la como “laranja” da firma.
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