A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram, na manhã desta quarta-feira (dia 9), a Operação Talha, que investiga o desvio de recursos públicos no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into).

A ação de hoje conta com a participação de aproximadamente 30 policiais federais que cumprem oito mandados de busca e apreensão, em residências e escritórios no Rio de Janeiro e Brasília, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. 

A Operação Talha teve início a partir de informações obtidas na Operação Fatura Exposta, que indicavam a atuação de uma organização criminosa especializada no desvio de recursos públicos destinados a unidades de saúde do Estado do Rio de Janeiro.  

Durante as investigações foram encontrados fortes indícios da atuação de um ex-parlamentar federal na nomeação de diretores do Into, bem como da influência direta do investigado em questões administrativas do hospital e até mesmo na marcação de exames e cirurgias de pessoas de seu interesse.

O ex-deputado é suspeito de exigir vantagens ilícitas a pretexto de conseguir a liberação de recursos de emendas parlamentares para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, recursos que eram posteriormente desviados pela organização criminosa desarticulada nas operações da PF Fatura Exposta e Ressonância.

Na residência de um dos assessores do investigado em Brasília, a PF apreendeu cerca de R$ 168 mil em dinheiro vivo.

Foto: Polícia Federal

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais e corrupção passiva, previstos, respectivamente, no art. 2º da Lei 12.850/13, no art. 1º da Lei 9.613/98 e art. 317 do Código Penal.

O nome dado a operação remete à História, ao período do Feudalismo, já que Talha era um tributo medieval pago pela exploração de propriedade senhorial, que consistia na entrega ao senhor feudal de uma parte dos produtos cultivados nos seus terrenos.

foto: reprodução da internet

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