Na sessão da Câmara Municipal de Barra Mansa do dia 22 de outubro, o vereador Paulo Sandro (Solidariedade) surpreendeu ao abrir a reunião com um pedido público de desculpas ao delegado Michel Floroschk, depois de dias de tensão entre as partes. Em um pronunciamento marcado pelo tom conciliador, o parlamentar refletiu sobre seu comportamento em pronunciamentos anteriores e afirmou que suas palavras não condiziam com a verdade.

“Em minha vida, fui criado à base de pilares fortes, e saber respeitá-los não é uma escolha, mas um dever. Acredito fielmente na democracia e no respeito às instituições. Em meu último pronunciamento, extremamente consternado e emocionado, pronunciei palavras sobre uma instituição e uma pessoa que, após análise, percebi que não condiziam com a verdade e houve um excesso. Minha intenção não foi atacar ninguém, foi um momento de desabafo. Por isso, minhas sinceras desculpas ao Dr. Michel Floroschk”, declarou Paulo Sandro.

O vereador ainda reiterou sua defesa da pluralidade de ideias e do Estado democrático de direito, destacando que o respeito às instituições é um valor que ele segue em sua atuação política.  Nos bastidores, circula a informação de que uma conversa entre Sandro e Floroschk foi mediada pelo prefeito Rodrigo Drable (SD), sinalizando um esforço para desescalar as tensões.

Ao ser procurado pela Folha do Aço na última quarta-feira (dia 23) para comentar sobre o recente pedido de desculpas do vereador, Michel Floroschk se limitou a dizer: “Não vou me pronunciar”.

Contexto do conflito

A rixa entre o vereador e o delegado teve início durante uma sessão da Câmara, quando Paulo Sandro fez uma grave acusação, chamando Floroschk de “covarde” e insinuando que ele tentava prejudicar sua imagem, citando um suposto envolvimento em um esquema de desvio de luminárias e materiais elétricos da prefeitura. Floroschk, conhecido por sua postura firme, reagiu com um áudio que circulou nas redes sociais, desafiando: “Me voltem por seis meses que eu prendo todos eles”, gerando ampla repercussão.

A situação se intensificou quando Sandro questionou a legalidade de um mandado de prisão que supostamente teria sido solicitado por Floroschk, alegando a falta de provas concretas. O delegado respondeu às críticas, reafirmando a legitimidade de suas ações e assegurando que as investigações sobre desvios na prefeitura de Barra Mansa continuam, mesmo após sua transferência para outra cidade.

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