Um ato simbólico contra a poluição do ar causada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reuniu a população de Volta Redonda na manhã deste domingo (dia 21), na Praça Brasil, na Vila Santa Cecília.
O ato contou com participação de políticos, como o deputado estadual, Jari Oliveira (PSB), associações de moradores e lideranças de entidades civis, entre eles os presidentes dos sindicatos dos Metalúrgicos, Edimar Miguel, e dos Engenheiros, Fernando Jogaib.
A mobilização foi marcada por uma caminhada até a Praça Juarez Antunes, nas proximidades do principal acesso ao interior da Usina Presidente Vargas. A manifestação terminou com um abraço simbólico ao antigo prédio do Escritório Central.
Nota oficial da CSN
Em nota, a Companhia Siderúrgica Nacional informou que os dados do sistema “Vigiar”, do Ministério da Saúde, indicam que a qualidade do ar de Volta Redonda está no mesmo padrão dos demais municípios da sua região, como Barra do Piraí, Piraí, Pinheiral, Rio Claro, Paracambi, Mendes e Barra Mansa. O comunicado ainda diz que o mesmo sistema mostra que a qualidade do ar de Volta Redonda é melhor do que a de uma centena de municípios de São Paulo, incluindo a própria capital, e até mesmo de cidades em plena Amazônia, como Apuí, Humaitá e diversas outras.
“Volta Redonda não faz parte da lista de cidades em “alerta vermelho” do sistema “Vigiar” do Ministério da Saúde, que engloba uma centena de municípios do país neste nível de alerta. O sistema deste ministério aponta, inclusive, que o número estimado de mortes por possível material particulado em Volta Redonda é quase a metade do índice de uma cidade como São Paulo”.
A CSN ressalta ainda que os dados do programa “Vigiar” são obtidos por estimativas indiretas, e não por medição direta no local, como faz o INEA.
“Quanto às partículas sedimentáveis, conhecidas como pó preto, elas não fazem parte dos parâmetros da OMS que definem a qualidade do ar, por serem partículas maiores, que não afetam a qualidade do ar ou a saúde das pessoas, pois não são inaláveis. Contudo, a CSN está realizando uma ampla modernização nas suas operações, visando à redução das emissões de partículas sedimentáveis com investimentos comprovados de R$ 1,3 bilhão de reais, mais do que quatro vezes o montante inicialmente previsto no TAC (R$ 300 milhões)”, conclui a nota.