Um suposto caso de racismo envolvendo três estudantes do curso de Psicologia da Universidade Geraldo Di Biasi (UGB), em Volta Redonda, tem gerado indignação e mobilização entre alunos da instituição. A denúncia foi feita pelo diretório acadêmico do curso, que acusa os estudantes — todos do terceiro período — de praticarem atos discriminatórios contra a professora Sandra Duarte.
De acordo com o diretório, os alunos criaram um grupo no WhatsApp para compartilhar mensagens e “piadas” de cunho racista direcionadas à docente, o que caracteriza não apenas desrespeito, mas violência simbólica e racial.
Além disso, uma aluna da mesma turma também denunciou um dos envolvidos por transfobia, afirmando ter sido alvo de comentários preconceituosos. O diretório destaca que esses comportamentos não são pontuais, mas refletem uma postura recorrente e intolerante por parte dos acusados.
Em nota publicada nas redes sociais, os representantes estudantis anunciaram a organização de um protesto no campus, cobrando uma resposta firme da universidade. “Exigimos que a UGB tome providências e expulse esses meliantes, porque quem ataca com ódio e preconceito não faz parte de um espaço que deveria ser de construção de conhecimento, diversidade e respeito”, diz o comunicado.
Até o momento, a universidade não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A reportagem será atualizada pela Folha do Aço assim que houver manifestação da instituição.
Entenda o que diz a lei
Casos de racismo e transfobia são considerados crimes pela legislação brasileira. Em janeiro de 2023, foi sancionada a Lei nº 14.532, que equipara a injúria racial ao crime de racismo, tornando-o inafiançável e imprescritível.
Além disso, desde 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece a homofobia e a transfobia como crimes de racismo, com base na Lei nº 7.716/1989, que trata de crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Estudantes de “nível superior”.
Lamentável o país que estamos construindo.