Ator importante na política ambiental de Volta Redonda no governo do ex-prefeito Samuca Silva (Podemos), o ambientalista Maurício Ruiz foi indicado para receber o prêmio Muriqui. A homenagem é um dos maiores reconhecimentos no Brasil àqueles que se dedicam às pautas voltadas ao meio ambiente e à sustentabilidade.
Executivo do Instituto Terra de Preservação Ambiental (ITPA), Maurício Ruiz foi indicado para receber o prêmio pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, órgão vinculado ao Programa Homem e a Biosfera, uma iniciativa da Unesco. “Desde 1993 este prêmio é dedicado aos grandes defensores da natureza no país e constar dessa lista é uma emoção que não cabe no meu peito. Essa notícia não poderia vir em melhor dia: Dia da Árvore”, disse o ambientalista nas redes sociais.
Ao longo de toda sua carreira em prol do meio ambiente e de práticas sustentáveis, Ruiz já plantou cerca de 3,5 milhões de árvores. Na secretaria de Meio Ambiente de Volta Redonda, ele ajudou a idealizar o Jardim Botânico, na Ilha São João. A obra foi uma recomendação do Ministério Público Estadual (MPRJ), sendo paga com recursos de multas ambientais aplicadas desde 1996. O local, no entanto, ficou poucos dias aberto, já que foi inaugurado num período de transição de governo.
Prêmio Muriqui
O prêmio Muriqui é uma honraria brasileira, concedida desde 1993, pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) reconhecendo o trabalho de pessoas físicas ou entidades públicas e privadas, nacionais ou estrangeiras, em prol da conservação da biodiversidade, do desenvolvimento sustentável e do conhecimento científico e tradicional do bioma. É um dos prêmios de conservação mais prestigiados do Brasil.
O muriqui é o animal símbolo da RBMA, e é a denominação popular de duas espécies distintas de macacos: Brachytelesarachnoides e Brachyteleshypoxanthus. O prêmio é uma estatueta de bronze representando um muriqui, acompanhada de um diploma.
Entre os contemplados estão, por exemplo, a Fundação Brasileira para Conservação da Natureza (1993), o Projeto Tamar (1995), Sebastião Salgado e Instituto Curicaca (2009), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (2012), a seção brasileira da Conservação Internacional e Thomas Lovejoy (2013).