Em fevereiro deste ano, a Folha do Aço compartilhou com os leitores a campanha organizada por Rosalina Leandra de Paula, de 28 anos, cheerleader de uma equipe de Volta Redonda para arrecadar recursos financeiros visando competir em Orlando, nos Estados Unidos. Como toda boa história merece um final feliz, este semanário descreve a seguir o desfecho em solo americano da profissional de educação física formada pelo UniFOA.

Se você pensa que ser animadora de torcida se restringe a pompons, gritos de incentivo e coreografias, está muito enganado. O cheerleading é um esporte que reúne força, flexibilidade e coordenação. E como a prática desta modalidade conta com pouca visibilidade no Brasil, o apoio de familiares e amigos é fundamental para os atletas.

Foi assim que Rosalina conseguiu dar o primeiro passo para alcançar seu objetivo. Entidades – como o UniFOA – aderiram ao projeto e ajudaram a custear parte da despesa com transporte, hospedagem e inscrição. Assegurado o sonho de participar do Campeonato Mundial de Líderes de Torcida, o The Cheerleading World, restou a atleta fazer a sua parte.

E ela não decepcionou na competição disputada na Flórida entre os dias 21 e 22 de abril. “Conseguimos uma excelente colocação. Ficamos em 4° lugar e por um ponto não pegamos em 2º. E por 0,8 não ficamos com o 3° lugar na disputa”, disse a moradora de Três Poços, bairro da periferia de Volta Redonda.

No retorno ao Brasil, a atleta trouxe mais do que fotos e um carimbo no passaporte. Colecionou novas histórias e a certeza que está no caminho certo.

“Foi por muito pouco que não conseguimos uma colocação melhor, mas o resultado foi muito bom, fruto de muita dedicação de todos os atletas. Agradeço o apoio do meu coach Cauê Souza, que acredita em mim, e agora é pensar na participação em outras competições, como o Pan-americano”, projeta Rosalina, que não descarta a participação em uma Olimpíada.

“O esporte foi reconhecido em 2016 pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e há uma negociação para que ele faça parte dos Jogos Olímpicos. Seria um grande sonho e não vou deixar de acreditar que é possível”.

Trajetória

Rosalina Leandra iniciou a prática em 2018, quando cursava a faculdade de Educação Física no UniFOA. Se apaixonou e continuou. Atualmente, ela faz parte da equipe Elite All Star e da seleção brasileira de Cheerleading.

O país, inclusive, tem quatro equipes oficiais, que compõem o Team Brazil: All Girl Junior Advanced, All Girl Elite, COED Elite e Doubled Team Cheer Freestyle Pom. Ao todo, são 75 atletas da seleção brasileira, junto com oito membros da comissão técnica.

O nome cheerleading vem do inglês e pode ser traduzido como animação de torcida. Entretanto, o mais comum é o esporte ser chamado pelo nome original, até mesmo aqui no Brasil. Os participantes da modalidade são chamados de cheerleaders.

As apresentações misturam coreografias, acrobacias, saltos e pirâmides humanas. Também é possível separar as equipes por gênero. Os times mistos são chamados Coed, uma abreviação de coeducacional. Também existem equipes femininas, chamadas all girl, e masculinas, all boy.

Dividido entre cheer atlético e cheer performance, o esporte possui subcategorias definidas pela idade e gênero dos atletas: no All Girl, só participam meninas, enquanto o COED é misto; as equipes Júnior contemplam pessoas menores de idade, e Open, sem faixa etária determinada . Outra classificação é em relação ao nível, que vai do 1 ao 7, sendo este último o mais avançado. Atualmente, o país possui times até o nível 5.

Foto: Reprodução

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