Cerca de 200 trabalhadores da Construção Civil realizaram, nesta quarta-feira (dia 2), uma manifestação em frente ao Palácio 17 de Julho, sede da prefeitura de Volta Redonda, para protestar contra a não-aprovação de projetos habitacionais na cidade, o que vem resultando em demissões no setor. A construtora Aceplan alega ser alvo de “perseguição” por parte do poder público, que estaria impondo restrições que extrapolam a legalidade na liberação de autorização de projetos imobiliários. Como consequência, foram demitidos 150 funcionários apenas no mês de julho. A situação preocupa a cidade, que perde investimentos e empregos, além de impactar na arrecadação municipal.

Único vereador presente no ato, Rodrigo Furtado criticou a falta de garantia do direito ao trabalho por parte do município e apontou a empresa Aceplan como exemplo, alegando que a prefeitura não estaria aprovando os projetos imobiliários da construtora de forma intencional. “É um absurdo a gente ver dezenas de trabalhadores pedindo pelo direito de trabalhar, o que deveria ser uma garantia que o município deveria estar cumprindo, conforme consta na Constituição. A Aceplan está com vários projetos imobiliários, cumprindo todos os requisitos para fazer as obras, com crédito da Caixa já liberado”, ressalta o parlamentar.

Segundo Furtado, o prefeito da cidade vem ‘ferindo o princípio da impessoalidade e da moralidade’. “Ele cuida da cidade como se fosse dele, violando os preceitos constitucionais. Aqui se fala da dignidade da pessoa humana e do trabalhador. Não está se pedindo nada da prefeitura, apenas que possa deixar as pessoas trabalharem e empreenderem, gerar receita e desenvolvimento econômico para a cidade. Eu, como parlamentar e representante do povo, fico triste de ver um movimento pacífico na porta da prefeitura e ninguém do governo se pronunciar sobre esse assunto”.

O presidente do Sindicato da Construção Civil de Volta Redonda, Zeomar Tessaro, expressou sua preocupação com as famílias dos trabalhadores que estão perdendo seus empregos, destacando que o emprego é essencial para a dignidade e sustento dos cidadãos. Ele ressaltou que o sindicato não está preocupado com as adversidades políticas, mas sim com a manutenção dos postos de trabalho. “A gente lamenta, pois perder em torno de 150 empregos na cidade é preocupante. A gente sabe que há uma legislação à cumprir por parte da empresa e cabe ao município avaliar. O que não pode é a briga política interferir neste processo. Perde o trabalhador, perde a população, perde a cidade. Nesses 150 empregos, se a gente for avaliar a média salarial, dá em torno de R$ 400 mil de perda mensal de valor aplicado na cidade”, pondera o líder sindical.

Por sua vez, o presidente da construtora Aceplan, Mauro Campos, afirmou que a empresa tem enfrentado “perseguição” por parte do poder público, que estaria impondo restrições ilegais na aprovação dos projetos imobiliários.

De acordo com a empresa, existem cinco projetos protocolados na prefeitura, com investimento total de R$ 333.356.995,00 para a construção de 1.235 residências. O projeto de habitação de interesse social, Jardim Mariana Safira, que beneficiaria famílias com renda familiar a partir de R$ 3 mil, está parado na prefeitura desde novembro de 2020, gerando preocupação e incerteza para a população.

“O Jardim Mariana Safira é um projeto em área consolidada que receberia um investimento de R$ 36.480.000,00 na cidade, beneficiando famílias com renda baixa, além de aquecer a economia local. No entanto, as constantes exigências da prefeitura têm postergado a aprovação do empreendimento e afetado a vida dos trabalhadores e da população em geral”, destaca.

A reportagem da FOLHA DO AÇO questionou a Secretaria de Comunicação sobre uma posição oficial da prefeitura de Volta Redonda em relação às alegações da construtora Aceplan. Também foi perguntado como a prefeitura responde às acusações de restrições ilegais que estariam inviabilizando a liberação das autorizações. Essa notícia será atualizada assim que houver retorno por parte da Secom.

5 COMENTÁRIOS

  1. Amanhã estaremos lá de novo brigando pelos nossos pão de cada dia ,isso é uma covardia que o prefeito está fazendo com nois que trabalhado que acordamos todos os dias as 4hrs da manhã batalha e o , prefeito por uma briga pessoal está tirando o emprego de vários trabalhado se é que se pode chamar esse cidadão de prefeito que está fazendo isso com todos nós batalhado,. senhor prefeito oque o senhor está fazendo isso com todos nós lá na frente o senhor pode pagar com a lei do homem não mais pelas mãos de Deus sim .Que deus tenha misericórdia de sua vida …………….

  2. Prefeito só pensa nele não e só cepla não empresa ônibus prefeito esqueceu tem eleição ano que vem e os vereadores também parabéns furtado nesta hora nem vereador aparece igual deputado em Brasília

  3. Itumbiara, que é muito menor que Volta Redonda tem edifício com mais de 30 andares. O que precisa ter aí é governante que realmente queira o desenvolvimento da cidade

  4. A situação ainda é pior, sabendo que o prefeito derrubou a lei que estrutura a carreira dos engenheiros e arquitetos. Hoje os engenheiros e arquitetos que analisam esses projetos ganham um salário de 1200 reais por mês para analisar milhares de projetos milionários por dia. O SENGE, AEVR, CAU, CREA não fazem nada.. todos estão comprados $$$

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