Clerison Kleber Martins e Fabrissa Rocha de Alcantara Martins sentarão no banco dos réus nesta segunda-feira (dia 29), às 15h, em audiência de instrução e julgamento pela morte da afilhada deles, Anitta Mylena Martins de Oliveira. A menina de 3 anos de idade foi espancada até a morte no dia 31 de março do ano passado. A audiência no Fórum de Porto Real será conduzida pela juíza Patrícia Dickie Oddo.

Em seu primeiro depoimento, Clerisson alegou que, quando estava sozinho em casa com a criança, deu ‘palmadas’ em Anitta e a colocou para dormir. Fabrissa chegou à noite, percebeu hematomas no rosto da criança, mas nada fez. Apenas durante a madrugada, com a piora acentuada do quadro de saúde, é que se dirigiram ao Hospital Municipal São Francisco de Assis, onde a vítima chegou já sem vida.

Em seu segundo depoimento, Clerison narrou outras agressões praticadas contra Anitta, em dias anteriores à sua morte. O laudo de exame cadavérico elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Resende juntado aos autos atestou que criança sofreu traumatismo craniano com lesão encefálica e traumatismo abdominal com lesão renal.

Os pais de Anitta, que são do bairro Vila Elmira, em Barra Mansa, estavam presos e deixaram a filha com os padrinhos em Porto Real. A agressão ocorreu cerca de um mês depois. Na audiência de instrução e julgamento desta segunda-feira, a juíza Patrícia Oddo ouvirá as alegações dos acusados e de testemunhas. O casal responde por homicídio qualificado, com pena que pode chegar a 30 anos de prisão.

Outros crimes

Quando prestava depoimento na delegacia, foi descoberto que contra Clerison Kleber Martins havia um mandado de prisão em aberto pelos crimes de porte de arma de fogo e tráfico de drogas. Por esse motivo, o homem ficou preso.

Protesto

Parentes da criança fizeram no início da noite de sábado (dia 27) uma manifestação no bairro Vila Elmira, em Barra Mansa, pedindo justiça. O ato pacífico aconteceu no ponto final do ônibus. Em novembro do ano passado, a Justiça indeferiu o pedido de revogação da prisão formulado pela defesa de Fabrissa Martins. O Ministério Público opinou contrariamente, por entender ser a prisão preventiva a medida mais adequada e proporcional ao caso.

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