O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), denunciou e obteve na Justiça o afastamento do vereador de Volta Redonda Vander Temponi Faria, pela prática conhecida como ‘rachadinha’. Além do parlamentar, outras quatro pessoas são denunciadas pelo envolvimento no esquema criminoso e vão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e usurpação de função pública. A ação penal é um desdobramento da Operação Prática Nefasta, deflagrada pelo GAECO/MPRJ no início deste mês de junho.
A denúncia recebida pelo Juízo da 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa relata que o vereador estruturou uma organização criminosa para proporcionar o desvio de grande volume de dinheiro público. Isso era feito mediante a tomada sistêmica da maior parte do salário de servidores nomeados em seu gabinete, com entrega pessoal de valores em espécie, transferências em favor do próprio vereador ou a terceiros com quem Temponi mantinha compromissos.
A investigação identificou pelo menos 47 ocorrências de repasses de servidores ao vereador, entre janeiro de 2021 e julho de 2022. Ainda de acordo com a denúncia, os servidores ficavam com apenas cerca de R$ 1 mil dos mais de R$ 7 mil que recebiam oficialmente a título de salário. O documento encaminhado à Justiça aponta que o vereador praticou por diversas vezes o delito de lavagem de dinheiro com intuito de ocultar e dissimular a origem dessas remunerações que eram desviadas.
O Juízo determinou o afastamento de Vander Faria do exercício do mandato de vereador pelo prazo inicial de 180 dias.
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