A Associação dos Processadores de Aço do Estado do Rio de Janeiro (Aproaço) esteve em Brasília na última semana para uma agenda estratégica com o deputado federal e 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Cortês, reforçando a relevância da indústria do aço fluminense no cenário nacional.
O encontro teve como foco principal discutir os impactos da reforma tributária sobre o setor de processamento de aço, fundamental para a economia do estado, sendo o segundo maior produtor de aço nacional.
De acordo com o presidente da Aproaço, Haroldo Filho, a ida à capital federal representa mais do que a defesa de interesses setoriais: é a busca por segurança jurídica, competitividade e a preservação de milhares de empregos diretos e indiretos que dependem da cadeia produtiva do aço no Rio de Janeiro.
“O diálogo com os parlamentares é essencial para garantir que a reforma traga avanços sem comprometer a capacidade de investimento e crescimento das empresas. Atualmente, o cenário dos empresários é desafiador e pode alterar profundamente a configuração do setor metalmecânico no estado. Por isso é tão importante a Aproaço promover o tema no estado e em Brasília neste momento de regulamentação para apresentar caminhos e alternativas para que as indústrias não percam competitividade”, explicou Haroldo.
Impacto econômico e social da Reforma
O setor de processamento de aço reúne pequenas, médias e grandes empresas responsáveis por transformar o aço em produtos aplicados nas mais diversas áreas — da construção civil à indústria automotiva. No estado do Rio de Janeiro, a atividade tem papel estratégico, tanto na geração de empregos quanto na arrecadação tributária. No entanto, segundo o presidente da Aproaço, o fim dos incentivos fiscais, aliada a grande crise de consumo que impacta a indústria, já vem surtindo efeito na empregabilidade e na arrecadação dos municípios.
“Os questionamentos sobre a reforma tributária e seu impacto financeiro sobre as indústrias precisam ser somados ao momento em que a economia do país atravessa. Muitas empresas paralisaram seus investimentos, aguardando uma reação do mercado consumidor. Outras menores, já iniciaram uma redução no quadro de colaboradores. É uma reação em cadeia, que já chegou na ponta, gerando menos oportunidades para as famílias e queda de arrecadação de impostos para as cidades que tem na indústria um braço forte para sua economia”.