A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira (dia 14) a operação “Favorito”, um desdobramento da Lava Jato no estado do Rio de Janeiro. Estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão e 25 de busca e apreensão contra uma organização criminosa que praticou o crime de peculato, ao desviar R$ 3,95 milhões em recursos públicos da área de saúde. Entres os alvos estão o empresário Mário Peixoto, preso na cidade de Angra dos Reis, e o ex-deputado Paulo Melo, que já tinha sido preso em outra fase da força-tarefa.
Peixoto é dono de empresas que celebraram diversos contratos com os governos estadual – desde a gestão de Sérgio Cabral – e federal. O empresário foi delatado por Jonas Lopes Neto, filho do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes. Neto afirmou que Peixoto pagou uma mesada de R$ 200 mil para o TCE entre 2012 e 2013.
Em março do ano passado, Paulo Melo foi condenado por corrupção passiva e organização criminosa. Ele ficou preso até março deste ano, quando deixou a cadeia para cumprir prisão domiciliar.
Segundo a denúncia, os valores foram repassados a uma organização social (OS) pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES-RJ), para a administração de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O desvio dos recursos se deu através de pagamentos superfaturados a uma empresa responsável pelo fornecimento de alimentação às unidades de saúde.
Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Duque de Caxias. De acordo com as investigações, a organização social recebeu, desde 2012, um montante superior a R$ 763 milhões do Fundo Estadual de Saúde do Rio de Janeiro para a gestão das unidades. O ex-presidente da OS, Mário Peixoto, é apontado como o chefe da organização, e contou com a ajuda de dois subordinados e dos responsáveis pela empresa fornecedora de alimentação às unidades de saúde e de outra empresa, fornecedora de insumos hospitalares, para articular o esquema criminoso.
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