A Polícia Civil de Valença prendeu, na última sexta-feira (dia 9), Australiamar Fernandes Ferreira, de 41 anos, é acusado de exercício ilegal da profissão de médico. De acordo com o delegado Carlos César, da Valença, o falso médico estava atuando, havia dois meses, no Hospital Escola da cidade.

O delegado apurou que Australiamar já trabalhou em hospitais de outras cidades da região, como Volta Redonda, Mendes, Piraí e Barra do Piraí. Além disso, um de seus pacientes teve a perna amputada pelos cuidados médicos equivocados, inclusive cirúrgicos, além da prescrição de remédios não correspondentes à gravidade do ferimento que apresentava.

A vítima teria se acidentado com um vergalhão, vindo a necrosar a perna direita, o que motivou a amputação, fato ocorrido também na sexta-feira, no Hospital Escola de Valença. Segundo a polícia, mesmo depois de ser preso, o falso médico usou nomes também falsos na delegacia, entre eles o de um irmão. Os investigadores descobriram que ele já foi preso outras três vezes, entre 2008 e 2012, nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, também por se passar por médico.

Além disso, Australiamar tem passagens na polícia pelos crimes de ameaça e lesão corporal. O delegado informou também que ele usava dados de um médico residente em Goiás e ainda se apresentava como tenente do Exército Brasileiro. Australiamar foi preso após denúncia feita pela direção do Hospital Escola de Valença, que foi comunicada por seus profissionais sobre a forma estranha do suspeito de se comunicar e trabalhar.

A direção então comunicou à polícia, que efetuou a prisão em flagrante. Ele vai responder por exercício ilegal da medicina, lesão corporal, falsidade ideológica, falsa identidade e uso de documento falso.

O delegado Carlos César informou ainda que ele se aproveitou da pandemia de Covid-19 e da falta de médicos nos hospitais para ser contratado, depois de ser apresentar como médico cirurgião e intensivista, usando a identidade do militar para cobrir plantões vagos no Hospital Escola.

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