A Transporte Excelsior e a Fundação Abrinq promoveram, no último dia 18, uma palestra online para marcar o Dia Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. Conduzido pela assistente social Maria Fernanda Andrucioli e pela coordenadora de projetos e programas da iniciativa, Carla Bernando, o evento contou com a participação de oito colaboradores da empresa, que tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos em relação ao tema.

A data foi estabelecida para conscientizar a sociedade sobre a gravidade do problema e mobilizar esforços em prol do combate a essa violação dos direitos humanos. O dia 18 de maio foi escolhido em memória do caso emblemático que ocorreu no Espírito Santo, conhecido como “Caso Araceli”, que chocou o país e evidenciou a necessidade urgente de se proteger as crianças e adolescentes contra o abuso e a exploração sexual.

Durante as atividades, as palestrantes abordaram tópicos fundamentais para o reconhecimento e enfrentamento das agressões contra a população infantojuvenil. Os participantes foram instruídos sobre as principais formas de abuso e puderam identificar os sinais mais comuns que indicam a ocorrência das violações, além de compreender as consequências devastadoras que o abuso acarreta à vida das vítimas.

Campanha

Desde 2018, a campanha Pode Ser Abuso mobiliza a sociedade acerca da relevância de prevenir a violação sexual infantil. Nesse sentido, dados da Fundação Abrinq apontam que mais de 55 crianças e adolescentes são vítimas de algum tipo de violência sexual no Brasil diariamente.

Segundo os índices oficiais, que sofrem subnotificação, foram 20.251 casos de violência sexual somente em 2021. O perfil da vítima é o sexo feminino, sendo 87,7% com idade entre 10 e 19 anos. No entendimento da assistente social Maria Fernanda, o papel da família no acolhimento da criança é fundamental para que a denúncia seja feita de maneira efetiva.

“É muito importante que a gente se pergunte: ‘Onde nós estamos errando? Qual a nossa responsabilidade ao nos deparar com essa situação?’ Por isso, devemos nos munir de informação, conversar com filhos, crianças e adolescentes para estabelecer uma relação de confiança. Se ela é submetida àquilo desde pequena, não vai conseguir fazer o juízo do que é certo e errado. Mas, quando ela começa a conversar com um amiguinho, pode perceber que passa por violência sem ter se dado conta. É importante mostrar para os pequenos que eles têm esse controle do próprio corpo e devem dizer que é errado tocar nesses lugares”, assegurou.

A palestra orientou os colaboradores sobre como abordar o assunto com crianças, bem como as formas adequadas de agir ao ouvir um relato de agressão. Para ilustrar os conceitos apresentados, foi exibida uma animação educativa que detalhou os sinais de abuso e as formas de denúncia disponíveis, entre eles, o Disque 100.

O canal é uma ferramenta essencial à proteção dos grupos vulneráveis. Por meio desse serviço telefônico, disponível gratuitamente em todo o país, qualquer pessoa pode denunciar casos de violência sexual contra crianças e adolescentes de forma anônima e segura. O Disque 100 atua como um elo direto com as autoridades competentes, permitindo que as denúncias sejam recebidas, investigadas e as medidas de proteção adotadas.

Além disso, as palestrantes explicaram a diferença entre exploração, abuso sexual e estupro.

“A exploração pressupõe troca, seja de dinheiro, seja favor, como entradas em locais ou mercantilização. No abuso, a sexualidade é invadida. Pode ser assédio e não necessariamente ocorrer toque físico. Já no estupro, a criança é agredida e forçada, através da violência, a ter relação sexual. O alerta é de extrema relevância, pois, até que a criança consiga perceber que é um abuso, já pode ter passado muito tempo”, afirmou Maria.

A Fundação Abrinq é uma organização sem fins lucrativos que atua há décadas na defesa dos direitos tanto na infância quanto na juventude e tem como missão promover a proteção integral desse grupo, trabalhando em conjunto com empresas, governos e sociedade civil. Conforme a direção da Transporte Excelsior, a palestra realizada em parceria com a Fundação é um exemplo do trabalho contínuo e dedicado da empresa em promover a conscientização e a capacitação de seus colaboradores, com vistas à prevenção e ao enfrentamento do abuso e da exploração sexual.

“A Transporte Excelsior reitera seu compromisso em contribuir para a estruturação de uma sociedade mais justa e em proteger os direitos das crianças e adolescentes, acreditando que somente com a união de esforços será possível criar um ambiente seguro para todas as idades”, diz em nota o grupo dirigido pela família Loureiro.

Foto: divulgação

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