O Instituto Dagaz tem dedicado setembro, mês de prevenção ao suicídio, para apoiar e divulgar a Campanha Setembro Amarelo. As atividades do Instituto nesse mês estão focadas na temática e, neste contexto, foi criada a caixa do desabafo e exibições de filmes no Cine Clube com debates ligados a campanha.
O Setembro Amarela teve início no Brasil em 2015 e visa conscientizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento. É neste mês, no dia 10, que é celebrado mundialmente o Dia da Prevenção do Suicídio
No Instituto Dagaz, a assistente social Juliana Silva e a psicopedagoga Marcelly Moura estão trabalhando com as crianças e os jovens atividades diversas. “São realizadas ações junto aos nossos alunos sobre a conscientização e prevenção ao suicídio, com a Caixinha do Desabafo. Essa caixa foi pensada para respeitar o espaço e individualidade de cada um, onde eles escrevem, deixam recados, explicam o que está se passando, etc”.
A ideia é que, ao final do mês, a caixa seja aberta e serão estudados caso a caso, para que o Instituto tenha no final um diagnóstico elaborado pelas especialistas para ajudar e encaminhar quem necessitar de ajuda mais especifica. “Como trabalhamos em rede, temos apoio de médicos, terapeutas, psicólogos e do próprio CRAS (Centro de Referencia a Assistência Social)”.
A Caixa do Desabafo está a disposição de toda comunidade, inclusive dos responsáveis e corpo técnico do Dagaz. Para participar não é preciso se identificar. “Para 2024 a ação será ampliada e estaremos fixando a Caixa em vários estabelecimentos parceiros, ampliando os estudos e o diagnostico do tema (suicídio) no nosso território de atuação”.
“O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades”, completa Marinez Fernandes coordenadora de atividades do Dagaz.
Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.
As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).
Hoje o Instituto Dagaz tem como patrocinador a NTS Nova Transportadora do Sudeste, que possibilita manter nossas ações sistemática no Condomínio Cultural, visando também a saúde mental, qualidade vida e de Direitos Garantidos ações que complementam as atividades culturais e esportivas oferecidas gratuitamente: capoeira, teatro, bale, futsal, circo e violão. Até o momento, mais de 4200 atendimentos indiretos foram realizados com exibições do Cine Clube Dagaz- Cinestesia Itinerante e a Livrocleta que percorre escolas e ruas da cidade com incentivo a leitura.
“A arte contribui para formar cidadãos saudáveis e felizes. Somos a escuta, os olhos e as mãos que se estendem para aqueles que nos procuram. Toda nossa equipe está comprometida nessas ações”, completa a presidente Camilla Araujo.
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