O debate sobre a instalação de unidades prisionais na Cidade do Aço começou no início dos anos 2000. Já naquela oportunidade, a Pastoral Carcerária da Diocese Barra do Piraí-Volta Redonda demonstrava preocupação com a possibilidade da Casa de Custódia do bairro Roma ser inaugurada com superlotação de presos. Outra polêmica foi com a retirada das ruas 30 policiais militares. Eles foram deslocados para a unidade a fim de fazer a segurança externas, nas guaritas.

Jornais da região deram destaque ao fato. Em sua versão impressa, o Foco Regional, na edição de 22 a 28 de março de 2004, destacou que 20 policiais deslocados para a Casa de Custódia eram lotados em Volta Redonda.  Na época, o 28º BPM era responsável por outras três cidades: Barra Mansa, Quatis e Porto Real. Por fim, o comando-geral da PM optou por fazer  remanejamento de agentes de outras cidades para compor o quadro de segurança.

Também em sua versão impressa, o jornal Foco Regional (edição 29 de março a 4 de abril de 2004), citou que o secretário de Segurança Pública Anthony Garotinho tinha a intenção de construir uma segunda Casa de Custódia em Barra do Piraí, “para abrigar os presos daquela cidade e de todas as outras vizinhas, até Três Rios”. Para isso, segundo a reportagem, e representante do governo do estado estava disposto a convencer o prefeito Carlos Baltazar (de Barra do Piraí) a seguir o exemplo de Antônio Francisco Neto, então prefeito de Volta Redonda, e aceitar a obra. A unidade no Roma foi inaugurada no dia 23 de março de 2004.

Foi ainda na administração do ex-prefeito Neto que Volta Redonda ganhou, em dezembro de 2013, uma unidade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), no  Roma. O Centro Irmã Assunción de La Gándara Ustará tem capacidade para abrigar 90 jovens em conflito com a lei, atendendo 25 municípios do Sul Fluminense e Médio Paraíba. O espaço já conviveu com rebeliões, agressão contra funcionários e a superlotação.

Foto: Reprodução da internet – Eny Miranda

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