Os laços familiares representam para muitos o primeiro contato com uma variedade de sentimentos humanos. Fraternidade, amizade, amor e outros valores se misturam, formando uma conexão particular. Por alguma razão, entretanto, o destino é capaz de distanciar relações. Fato ainda comum nos dias atuais, mesmo com o aparato tecnológico à disposição.

É o que ocorreu com dona Manuelina Antonia de Oliveira. A idosa de 90 anos ainda muito jovem deixou Santo Antônio do Glória, distrito do município de Vieiras (MG), e se mudou para Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O tempo passou e ela perdeu o contato com familiares. Entre eles, sobrinhos que residem em Volta Redonda.

Segundo Marilda Oliveira, filha da idosa, seus primos são os últimos familiares vivos de sua mãe e há mais de 20 anos mudaram-se para a Cidade do Aço. “Meu tio, chamado Hélio José da Silva, filho de Joaquim Teodoro da Silva, era mineiro e à época residia em Fervedouro (MG). Ele acabou falecendo e com isso, a viúva, que era de Volta Redonda, voltou com os meus primos, para sua cidade natal”, conta Marilda.

O tempo é mais um obstáculo para dona Manuelina recordar detalhes que poderiam ajudar na busca de informações sobre os familiares. Ela não lembra, por exemplo, o nome da viúva de seu falecido irmão. “A última vez que minha mãe viu o irmão foi há muito tempo, quando ambos foram visitar o meu avô que estava doente, no Rio de Janeiro. Na ocasião, meu tio apenas contou que estava casado com uma mulher
de Volta Redonda e que tinha três filhos”, relatou Marilda.

Pelos cálculos da filha da idosa, seus primos têm na faixa entre 40 e 60 anos de idade. Ela, entanto, não possuí detalhes a respeito de características físicas, ocupação profissional e o bairro em que residem.

Apesar de compreender a dificuldade para encontrar um parente distante, Marilda mantém a esperança de encontrar os primos, como forma de presentear dona Manuelina. “Minha mãe já tem 90 anos, não
sabemos até quando Deus irá permitir que ela fique com a gente. Ela sempre manifestou vontade de conhecer os sobrinhos, justamente por eles serem os últimos familiares dela, sem contar eu e minha irmã,
que estão vivos”, concluiu.

Informações que podem ajudar na localização dos sobrinhos de dona Manuelina podem ser repassadas para o telefone (21) 9972-59627.

Secretário de Ação Comunitária coloca-se à disposição para ajudar no reencontro

Mesmo com a dificuldade em localizar os familiares de Dona Manuelina, Ailton se colocou a disposição para ajudar

O secretário de Ação Comunitária, Ailton Carvalho, afirmou que a situação de dona Manuelina de Oliveira não é comum no município de Volta Redonda. Segundo ele, os atendimentos feitos pela pasta são voltados, em sua maior parte, para pessoas em situação de rua que deixaram seus lares.

“Normalmente, realizamos o atendimento de pessoas em situação de rua que desejam voltar para suas famílias. Nos seis meses que estou à frente da pasta, nunca me deparei com algo assim”, relatou Ailton. O
responsável pela Smac enfatizou que, pelo fato da idosa não se lembrar o nome da esposa de seu irmão, pode ser ainda mais complicado localizar seus sobrinhos.

“Poderíamos verificar pelo nome da mãe, que geralmente é utilizado em cadastros de programas sociais, como CadÚnico ou Bolsa Família, se algum dos sobrinhos da idosa recebe esse tipo de benefício. Isso os localizaria em instantes”, exemplificou.

No momento, Volta Redonda não possui programa específico para atender casos de localização de paradeiro de familiares. O secretário, porém, se colocou à disposição para auxiliar a idosa. “Essa senhora
pode entrar em contato com uma de nossas assistentes sociais,
que por meio de uma conversa pode traçar um histórico de informações e lembranças, para quem sabe descobrir onde estão esses familiares”, concluiu Ailton.

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