Com o período das chuvas de verão, uma das maiores demandas do poder público é o trabalho de manutenção de praças e canteiros, que acabam tomados pelo mato alto, favorecendo a proliferação de animais peçonhentos e insetos. Contribui ainda para o aumento da sensação de insegurança nos possíveis usuários.

Assim é a realidade atual de Volta Redonda. A cidade foi tomada por mato para todos os lados. Nem mesmo as áreas internas das escolas da rede municipal têm recebido os cuidados necessários, mesmo com o retorno presencial das aulas. O que dizer então dos dois grandes parques inaugurados na gestão anterior, do ex-prefeito Samuca Silva? Abandono é pouco para classificar o estado de conservação do Jardim Botânico Municipal Antonieta Barreira Cravo e do Parque Natural.

Construído na Ilha São João com recursos de multas ambientais, o Jardim Botânico tinha como propósito oferecer um espaço com lago, fonte, área verde, parquinho, pistas de caminhada e de patins. Atualmente, passou a ser visto como criadouro de mosquitos.

A construção do parque fez parte da reestruturação da Ilha São João, atendendo um acordo firmado entre o Município e o Ministério Público Estadual para garantir maior equilíbrio entre a área urbana e ambiental do Município. Assim que foi inaugurado, o local chegou a receber visitantes, que elogiaram o espaço.

Todavia, em pouco mais de 16 meses de sua inauguração o panorama é de terra arrasada. “Era bom poder visitar o Jardim Botânico. Esses ambientes sociais são perfeitos para a comunidade, para juntar as famílias e valorizar o cidadão, gostei muito, mas agora está inviável curtir, devido a falta de conservação de manutenção”, comentou a aposentada Inês Costa, que na época levou a neta e as sobrinhas para curtirem o local.

A reportagem da Folha do Aço esteve no Jardim Botânico, na última semana, e observou vestígios da presença de alguns frequentadores na área das churrasqueiras. A falta de manutenção, porém, faz com que o espaço perca a real finalidade. 

Assim como o Jardim Botânico, o Parque Natural de Volta Redonda, construído às margens da Rodovia dos Metalúrgicos, foi criado para ser um legado para a cidade na área ambiental. A proposta era fazer do espaço de 1,2 milhão de m² um local de convivência para as famílias e de visitação escolar. Atualmente, o objetivo não vem sendo cumprido.   

Doada ao município por uma empresa do setor imobiliário como contrapartida à liberação do acesso ao novo empreendimento construído próximo a entrada da via Dutra. Quando inaugurado, o espaço de convivência era composto por três praças com mesas e bancos, aparelhos de ginástica funcional e parquinho infantil; dois mirantes; anfiteatro; sede administrativa com banheiros e portal de acesso; tudo construído com eucalipto certificado; além de locais reservados para os visitantes plantarem árvores, duas quadras de vôlei e futvôlei, dois lagos e trilhas radicais.

O que se vê hoje, quase um ano e meio depois de sua inauguração, é o retrato do restante da cidade: a clara falta de manutenção. A Folha do Aço tentou saber da prefeitura de Volta Redonda se existe algum projeto de melhoria nas condições dos dois espaços públicos, mas como já virou rotina em 2022, a secretaria de Comunicação (Secom) não retornou o contato.

Fotos: Evandro Freitas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.