Um suposto esquema de compra de votos resultou na prisão de 11 pessoas, na quarta-feira (dia 5), no município de Três Rios. De acordo com as investigações, um dos suspeitos de envolvimento no crime é um policial militar reformado que, inclusive, foi vereador na cidade. A Justiça Eleitoral determinou um mandado de busca e apreensão na casa do alvo, onde os agentes encontraram R$ 18,6 mil em espécie, que seria para pagar os votos comprados. Além disso, foram encontrados também 56 cópias de títulos de eleitores, cinco documentos originais, 65 envelopes contendo dados de eleitores e 24 comprovantes de votação.

Durante a ação policial na casa do PM, no bairro Habitat Novo, os agentes se depararam com várias pessoas alegando estar com seus títulos retidos. Aos policiais, o grupo dizia, ainda, que receberia dinheiro após comprovar que votaram em um candidato a deputado estadual do Podemos e em um deputado federal do PDT. O primeiro deles teve 3.473 votos e não foi eleito. Já o segundo garantiu uma vaga na Câmara com mais de 62 mil votos.

Ainda de acordo com os policiais, na chegada da equipe policial ao imóvel, o suspeito chegou a correr para o quarto, onde escondeu parte do dinheiro embaixo do colchão e o restante em uma gaveta.

Todos os suspeitos de envolvimento no esquema foram levados para a 108ª DP e presos em flagrante. Cabe ressaltar que a prática de compra de votos é considerada crime eleitoral. O candidato envolvido pode ter o registro cassado e ficar inelegível por oito anos. Já o eleitor que aceitar vender seu voto também pode ser punido, com uma pena de até 4 anos de detenção.

Foto: Divulgação / Polícia Militar

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