A Polícia Civil, por meio do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, realiza a operação Pequod nesta sexta-feira (dia 10). O objetivo é cumprir 25 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao contraventor Rogério Andrade e outras pessoas ligadas a ele, além de bloqueio judicial de R$ 40 milhões em bens e valores. A ação acontece na capital, em Angra dos Reis e na Bahia.

Em um trabalho inédito, que durou quatro anos, a DGCOR-LD apurou e comprovou que os rendimentos lícitos dos investigados não são compatíveis com o patrimônio adquirido. O inquérito foi instaurado em 2018 e concluído no ano passado, com o indiciamento de envolvidos nos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo os agentes, o período investigado é de 2012 a 2018 e, do total do valor da denúncia, R$ 16 milhões são relacionados à lavagem de dinheiro e R$ 24 milhões de confisco alargado, que se trata de uma medida judicial que possibilita que a polícia e o judiciário sequestrem a diferença entre as aquisições realizadas de forma lícita comprovada e presumidamente ilícita, uma vez que não se há comprovação da licitude.

Além de contas bancárias e investimentos, são alvos de sequestro bens como imóveis, embarcações, terrenos, sítio, salas comerciais, entre outros, incluindo um iate adquirido em 2015 e avaliado em R$ 10 milhões.

Atuaram na investigação a Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), o Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD).

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