Os moradores de Volta Redonda vêm enfrentando problemas das mais diversas ordens. Além de conviver com buracos, falta de água e com serviços que começa e não termina, a população também sofre com o transporte público.
No Roma, nesta segunda-feira (dia 20), uma manifestação desde as 4h da manhã expôs a insatisfação daqueles que moram na localidade. Os ônibus da Viação Cidade do Aço foram impedidos de circular enquanto a Prefeitura de Volta Redonda não determinasse medidas concretas para solucionar os problemas de atrasos, uma das principais reclamações.

A Polícia Militar atuou para controle da situação desde o início da paralisação e uma viatura da Guarda Municipal só apareceu depois das 10 horas da manhã. Um representante da PMVR, o secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, Paulo Barenco, só apareceu depois de muita insistência dos moradores. Inclusive, nenhum vereador esteve no local. “Uma falta de respeito da empresa. Não cumpre horários, todos os dias a gente chega atrasado, trabalhadores ficando para trás, ônibus quebram todos os dias, estudantes chegam atrasados. Estamos cansados, a empresa fica mandando sucata pra atender a gente, os bons mandam para outros bairros. A Cidade do Aço não está dando conta de prestar serviço para a gente”, disse a cuidadora Natalia de Souza Rodrigues.

A manifestação reuniu mais de cem moradores que se posicionaram em frente aos veículos e só foi encerrada após a chegada do secretário de Transporte e Mobilidade Urbana. “Tivemos uma reunião na sexta-feira a respeito da situação do transporte do Roma I, Roma II e Parque das Garças. Foi constatado que a empresa estava operando com falta de veículos”, explicou o secretário.
Foi definido que uma análise será feita até quinta-feira (dia 23), mas os moradores já afirmaram que, caso o problema não seja solucionado, uma nova paralisação acontecerá na segunda (dia 27).

O problema, na verdade, é muito mais complexo e depende também da boa vontade do poder público, segundo um representante de uma empresa de ônibus ouvida pelo jornal Folha do Aço. “A situação já se encontrava difícil antes da pandemia, pelo excesso de gratuidades e falta de incentivos. No período da Covid-19 a situação se agravou muito”, explicou.

Entre os outros motivos listados estão a falta de tarifa justa, alta do diesel e de incentivos às empresas. “É um buraco que tem fundo e tem solução, que passa pelo poder público e a concessão de incentivos pois, sem ter remuneração justa, as empresas não irão suportar a grande carga. Alem da alta do diesel . A situação é a igual por todo Brasil e o setor de transporte urbano pede socorro”, afirmou um empresário.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.