Pouco afeito aos holofotes, o presidente do Conselho de Administração da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, tem como característica o intenso trabalho nos bastidores. Foi assim que na última semana, de forma interna, ele optou por comentar as projeções do grupo para 2023.

A avaliação consta na Mensagem direcionada aos acionistas de convocação para a Assembleia Geral, que acontece no dia 28 de abril. No documento, o empresário apresenta também um balanço das ações desenvolvidas no último ano e os investimentos que pretende fazer.

Em um dos trechos da Mensagem, Benjamin Steinbruch toca em um tema de interesse direto dos metalúrgicos da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda: investimento em equipamentos de siderurgia, setor que a produção da CSN se concentra na cidade do aço. “A modernização do parque industrial também segue como prioridade, com um plano de investimento para as mais diversas áreas da planta siderúrgica”.

O empresário também falou sobre o aumento na participação feminina no grupo, que saltou de 17,5%, em 2021, para 20,5% no ano passado. “Até 2025, a meta é elevar esse índice para 28%”, garante Steinbruch. Em relação a Pessoas com Deficiência, o crescimento em 2022 foi acentuado, com aumento de 63% na comparação com o ano anterior. A seguir, confira alguns trechos da fala do presidente do Conselho de Administração da CSN, Benjamin Steinbruch:

Diversificação dos negócios

O avanço da estratégia de diversificação dos negócios foi um dos principais destaques da CSN no último ano. A conclusão da aquisição dos ativos da LafargeHolcim Brasil, da CEEE-G, além da aquisição de outros relacionados à energia, resultaram em uma maior eficiência e diversidade das operações, proporcionando um grande potencial de crescimento, o que reafirma a importância da Companhia em seus cinco setores de atuação: siderurgia, mineração, cimentos, energia e logística.

Cimentos

Em cimentos, a Companhia se consolidou como a segunda maior produtora do Brasil, com capacidade operacional de 17 milhões de toneladas por ano e diferenciais competitivos relevantes, reunindo marcas fortes, portfólio diversificado e capilaridade de atuação nos principais mercados do país. Destacamos também a eficiência das plantas, tanto sob a ótica financeira quanto em relação à baixa emissão de carbono.

Energia

Já em energia, a aquisição da CEEE-G posiciona a Companhia entre as maiores geradoras de energia elétrica do país, além da autossuficiência para suprir as atividades siderúrgicas, cimentícias e de mineração do grupo. Com planos de expansão que envolvem projetos hidráulicos, eólicos e solares, o segmento deixou de ser uma área de suporte e se consolidou efetivamente como um negócio, já que o percentual gerado não utilizado para o consumo próprio deverá ser comercializado no mercado livre. Uma estratégia que garante competitividade para enfrentar a crescente demanda das operações.

Mineração

Na mineração, a estratégia de crescimento envolve ações para aumentar a capacidade produtiva, em especial o projeto da planta de beneficiamento P15 e os projetos de recuperação de rejeitos de barragem de Pires, B4 e Casa de Pedra. São medidas que visam dobrar o volume de produção nos próximos anos.

Também merece destaque o pioneirismo da CSN Mineração na descaracterização das barragens, com programas que superam, inclusive, as exigências dos órgãos governamentais ao prever a descaracterização das estruturas, independentemente do método construtivo. Vale citar a planta de beneficiamento de Itabiritos (P15) que já nasce sustentável ao contar com um projeto de empilhamento dos rejeitos realizado totalmente a seco. Além disso, a P15 passará a produzir minério premium, com alto teor de ferro, demandando um menor uso de carvão no processo siderúrgico, o que contribuirá de forma significativa para a descarbonização da indústria.

Siderurgia

A internacionalização é a principal estratégia para os planos de expansão, com o foco na busca por oportunidades para impulsionar a presença no exterior. A modernização do parque industrial também segue como prioridade, com um plano de investimento para as mais diversas áreas da planta siderúrgica.

Há ainda oportunidades em estudo que incluem o desenvolvimento de projetos estratégicos, respeitando sempre a disciplina de capital. Entre eles, a ampliação da capacidade de produção de folhas metálicas e de aço pré-pintado.

Reconhecimento

Em 2022, celebramos o reconhecimento do grupo em relação à evolução em dois importantes ratings ESG. A Companhia recebeu uma nova classificação da agência Sustainalytics e das 155 empresas de siderurgia e mineração avaliadas globalmente, a CSN alcançou a 4ª melhor pontuação do setor. A empresa foi também a única brasileira nos setores de siderurgia, mineração e construção civil elegível para compor o S&P Global Sustainability Yearbook 2023, sendo classificada como a empresa no segmento de siderurgia que mais avançou em práticas ESG no mundo, recebendo o selo de “Industry Mover”.

Inclusão

A Companhia seguiu ainda dedicada à inclusão de mulheres e de Pessoas com Deficiência (PcDs) em suas operações. A participação feminina no grupo saltou de 17,5%, em 2021, para 20,5% no ano passado. Até 2025, a meta é elevar esse índice para 28%.

Em relação a Pessoas com Deficiência, o crescimento em 2022 foi acentuado, com aumento de 63% na comparação com o ano anterior. A evolução nessa pauta reforça o compromisso para que a CSN seja cada vez mais plural, diversa e inclusiva.

Segurança

O Grupo CSN também teve um ano de destaque no que diz respeito aos indicadores de segurança, obtendo os melhores resultados da série histórica dos últimos oito anos, com redução de 25,3% de incidentes no período. Em relação a 2021, a diminuição de incidências foi de 18,9%. A queda nesses índices reforça a preocupação e dedicação da Companhia para promover ambientes e condições de trabalho cada vez mais seguros para os colaboradores.

Crescimento

De olho no futuro, a tônica é manter o mesmo ritmo de crescimento apresentado nos últimos anos, o que fez com que o grupo mudasse de patamar em termos de rentabilidade e geração de caixa, trazendo um balanço muito mais forte e com baixa alavancagem. A verticalização e a busca constante por novas oportunidades internas e externas, tanto de crescimento quanto de redução de custos, compõem o cenário para impulsionar os próximos resultados e pavimentar o caminho para transformar a CSN em uma holding cada vez mais dinâmica na economia global.

Retorno aos acionistas

Apesar do foco no crescimento, a CSN reafirma seu compromisso de manter a alavancagem baixa, diferenciando-se como uma empresa que concilia redução da alavancagem, rápido crescimento e retorno de dividendos aos seus acionistas. Esses compromissos norteiam a atuação de todo o grupo e criam a estratégia ideal para que a Companhia cresça de forma saudável, sustentável e com valorização dos seus acionistas. Com o foco e a determinação de sempre, o grupo seguirá em busca desses objetivos e atento às melhores oportunidades para gerar valor a todos os stakeholders.

Foto: arquivo

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