Com certa frequência, a prefeitura de Volta Redonda tem divulgado imagens do projeto ‘Cidade Monitorada’ que resultaram em ações exitosas da polícia, como prisões de foragidos da Justiça e na recuperação de veículos furtados. À população foi repassado também que os “espiões” eletrônicos auxiliaram na identificação e localização de motoristas que provocaram acidentes de trânsito.

A eficiência dos equipamentos ajudou a fomentar outro debate pelas ruas da Cidade do Aço: estaria a secretaria municipal de Ordem Pública (Semop) utilizando as imagens para multar cidadãos que cometem infrações administrativas, como motoristas que trafegam sem uso do cinto de segurança, por exemplo? A dúvida foi esclarecida em Audiência Pública promovida quarta-feira (dia 9), na Câmara de Vereadores, para discutir o novo sistema de monitoramento instalado em Volta Redonda. 

“Não há previsão legal para isso [multar com o auxílio de câmeras]. E, se fosse o caso, o equipamento tem que ser sinalizado”, garantiu o subsecretário de Ordem Pública do município, Amauri Mendonça. “A ideia do projeto é a segurança no trânsito e nas residências”, completou.

Na prática, no entanto, não é bem assim que funciona. Na mesma Audiência Pública, o subsecretário da pasta revelou que recentemente um cidadão foi observado pelas câmeras do ‘Cidade Monitorada’ depositando de forma irregular lixo em um terreno baldio. O homem foi localizado e determinado a remoção do material.  

Durante a Audiência Pública, convocada pelo vereador Edson Quinto (PL), um mapa foi apresentado demonstrando os pontos onde as 700 câmeras adquiridas pela Prefeitura estão instaladas no município, atendendo diversos bairros e escolas.

Cidade monitorada

Segundo a Semop, as câmeras utilizadas em Volta Redonda contam com leitor de placas de veículos. Esses equipamentos possuem zoom óptico e se movimentam por 360 graus, podendo ser controlados de forma remota, por meio de uma central de videomonitoramento interligada ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp).

Por meio das lentes são registrados os cotidianos das ruas, praças e acessos de Volta Redonda. Essas imagens também alimentam as bases integradas de segurança, na Vila Santa Cecília, Retiro e Aterrado. Há o planejamento para que, em breve, o número de câmeras cresça e chegue a mil equipamentos instalados. O custo total com a compra e manutenção do projeto ‘Cidade Monitorada’ não são revelados pela Prefeitura. 

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