Referência na qualidade do ensino público por décadas, o Colégio Getúlio Vargas recebe atualmente pouca atenção do poder público municipal. Registros fotográficos anexados a um projeto que está elaborado pelo Fundo de Comunitário de Volta Redonda (Furban), órgão da Prefeitura, confirmam a falta de manutenção do imóvel localizado no bairro Laranjal.

Nas imagens, é notória a negligência do Poder Público em relação à estrutura física da mais antiga unidade de ensino da Fundação Educacional de Volta Redonda (Fevre). Portas quebradas, vidros trincados, fechaduras que não funcionam, além da presença de infiltrações e de paredes descascando em diversos pontos do espaço, assim é o atual cenário encontrado por alunos e professores.

Embora haja uma previsão de obra, ela não se destina a receber alunos da rede municipal, mas sim a se tornar um polo do Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj). A tomada de preços para a licitação está agendada para o dia 14 de novembro, com um valor estimado de R$ 377 mil.

Conforme consta no edital, a obra será executada sob o regime de empreitada por preço unitário. O prazo estipulado para a conclusão da reforma é de 120 dias corridos a partir da emissão da Ordem de Serviço.

“Tristeza e indignação”

Uma moradora do bairro Monte Castelo, que preferiu não se identificar, revelou ter dois filhos atualmente matriculados no Colégio Getúlio Vargas. Ela expressou sua preocupação, afirmando que a escola desfrutou de décadas de prestígio, mas agora é vista em condições precárias e de abandono.

“O Getúlio Vargas sempre representou a esperança de um futuro melhor para muitas famílias do nosso bairro, com professores dedicados e um espaço de grande aprendizado. Hoje, ao ver o estado em que a escola se encontra, sinto uma profunda tristeza e indignação”, afirma. “As salas de aula estão em péssimas condições, com infiltrações no teto, móveis quebrados e falta de materiais básicos. A estrutura física está deteriorada, comprometendo a segurança e o bem-estar dos alunos. É desanimador”, completa.

Outro pai de aluno do Getúlio Vargas, que também pediu para não ser identificado, acrescentou: “Não é justo que minha filha e todas as crianças que frequentam o Getúlio tenham que estudar em um ambiente tão inadequado. A educação é um direito fundamental e elas merecem uma escola digna para aprender”.

Em janeiro de 2021, ao reassumir o Palácio 17 de Julho para exercer o seu quinto mandato, o prefeito Neto (PP) cancelou os processos seletivos para as turmas de 1º ano do Ensino Médio e as matrículas para o 1º ano do Ensino Médio noturno do próprio Colégio Getúlio Vargas e também do José Botelho de Athayde, ambos da Fevre.

A Folha do Aço tentou entrar em contato com a secretaria municipal de Comunicação Social (Secom) para saber uma posição da prefeitura de Volta Redonda a respeito das condições do Colégio Getúlio Vargas, mas, até o fechamento desta edição, não houve retorno.

Foto: Relatório Furban

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