Em um comunicado divulgado na quinta-feira (dia 14), a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) compartilhou com o mercado um ambicioso plano de investimentos e modernização para o período de 2023 a 2028. A projeção de Capex (despesas de capital) na siderurgia atingirá aproximadamente R$ 7,9 bilhões, com cerca de 13% desse montante previsto para o próximo ano, superando os 5% investidos em 2023.

A maioria significativa desse investimento será direcionada para a Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda, marcando uma fase de modernização abrangente. As “bocas baterias” da Coqueria, reformas em alto-forno, aciaria e a adoção de tecnologias avançadas compõem parte essencial desse projeto. Fontes do setor siderúrgico apontam esses investimentos como os mais substanciais do século na Usina.

O projeto para 2024 da CSN não apenas promete avanços tecnológicos, mas também sinaliza oportunidades de emprego na Cidade do Aço. As iniciativas incluem reparos gerais e grandes manutenções, com destaque para a Coqueria, Sinterizações, Sistema de Captação de Gases da Aciaria, máquinas de Lingotamento Contínuo, e linhas de transporte entre a Aciaria e LTQ. Projeções apontam para um aumento de 29% na produção de placas, 19% no LTQ e uma entrega de laminados aumentada em 22%.

Além dos avanços na produção, a CSN estima uma significativa redução de custos de cerca de R$ 1,3 bilhão, resultante de iniciativas focadas na eficiência operacional. O documento ao mercado também projeta investimentos expressivos na CSN Cimentos, estimando até R$ 5 bilhões em crescimento orgânico, com uma previsão de volume de vendas de 13,07 milhões de toneladas e um Ebitda de R$ 1,2 bilhão em 2023.

Meio ambiente

No âmbito ambiental, a CSN planeja investimentos em Sinterizações, Aspersão de polímeros nas pilhas de matérias-primas, canhões de névoa, limpeza mecanizada e um abrangente Programa 5S na Usina Presidente Vargas. Destaca-se a jornada de descarbonização, alcançando 19% de produção classificada como Aço Verde.

Para 2024, a CSN tem como foco para aprimorar a tecnologia, com enfoque na descarbonização e eficiência operacional na Usina. Além disso, a empresa aposta em três setores para a recuperação da atividade doméstica no próximo ano: Indústria, Construção Civil e Exportações.

A CSN está otimista em relação ao cenário econômico, esperando uma nova safra recorde, expansão em energia renovável, modernização da indústria, investimentos em habitação popular e infraestrutura, além da retomada das exportações para a Argentina e projetos de investimentos externos.

CBSI

A direção da Companhia Siderúrgica Nacional não apenas delineou planos ambiciosos para sua operação principal, mas também projetou um cenário positivo para sua subsidiária CBSI (Companhia Brasileira de Siderurgia e Infraestrutura). Com uma visão otimista para os anos de 2023 e 2024, a CBSI apresenta projeções de faturamento que prometem contribuir significativamente para o sucesso global da CSN.

Para 2023, a subsidiária do grupo liderado pelo empresário Benjamin Steinbruch estima atingir um faturamento expressivo de R$ 900 milhões. A projeção destaca a contribuição substancial da CBSI para os resultados consolidados da CSN.   

Contudo, a perspectiva otimista da CBSI não se limita a 2023. As projeções para 2024 são ainda mais promissoras, com a expectativa de atingir um faturamento de R$ 1,2 bilhão. Esse aumento expressivo em relação ao ano anterior sinaliza não apenas a estabilidade operacional da CBSI, mas também sua capacidade de crescimento e adaptação ao cenário econômico em constante evolução.

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