Pelos próximos cinco anos, no mínimo, quem precisar se deslocar até o Rio de Janeiro terá que se programar com mais antecedência do que se tornou habitual nos últimos anos, devido aos constantes engarrafamentos, para não perder seus compromissos. Esta necessidade é impulsionada pela construção das novas pistas da Serra das Araras, um projeto ambicioso que visa melhorar o fluxo de tráfego na região e garantir viagens mais seguras e eficientes.

A partir da próxima quarta-feira (dia 5), os primeiros reflexos dessa importante empreitada serão sentidos. A CCR RioSP, concessionária responsável pela administração da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), realizará a primeira detonação de rochas necessária para a construção das novas pistas da Serra das Araras, em Paracambi. O volume rochoso a ser detonado é de aproximadamente 500 m³.

Para permitir a realização desses trabalhos, a pista de subida da serra, no sentido São Paulo, será interditada na quarta-feira, das 11h30min às 13h30min. Em seguida, atendendo ao pedido da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para garantir a segurança viária, a pista de descida, no sentido Rio, será fechada das 12h15min às 12h45min. É importante ressaltar que a data está sujeita a alterações dependendo das condições climáticas.

Os horários de interdição das pistas são cruciais para os motoristas planejarem suas viagens. Durante esses períodos, recomenda-se buscar rotas alternativas e estar ciente dos possíveis atrasos. O calendário de detonações das próximas três semanas de junho estará disponível após a primeira detonação pela concessionária nos canais oficiais da CCR RioSP.

Em julho, as detonações ocorrerão de segunda a quinta-feira. A partir do próximo mês, o fechamento da pista de subida acontecerá nessas mesmas datas, das 11h30min às 13h30min, e o fechamento da pista de descida será das 12h15min às 12h45min, durante os próximos 28 meses.

“Toda a operação foi previamente alinhada com a PRF, ANTT, prefeituras das cidades lindeiras e órgãos competentes”, salientou a concessionária. Para mais informações ou esclarecimento de dúvidas, os interessados podem contatar a CCR RioSP pelos canais oficiais.

Duplicação permitirá que a velocidade de circulação seja ampliada para 80 km/h

A duplicação de um trecho de oito quilômetros da Rodovia Presidente Dutra, com investimento de R$ 1,5 bilhão, representa uma iniciativa fundamental para aumentar a segurança e a eficiência logística nos trajetos entre o Rio de Janeiro e São Paulo. O projeto visa atender à crescente demanda de tráfego, garantindo uma circulação mais fluida e segura nos dois sentidos da BR-116.

O trecho em questão, parte da histórica Serra das Araras, remonta a 1928 e não suporta mais o elevado fluxo de veículos e caminhões, demandando uma atenção redobrada devido às curvas sinuosas. A duplicação permitirá que a velocidade de circulação seja ampliada de 40 km/h para 80 km/h, proporcionando uma significativa redução no tempo de percurso.

Com a implementação de 24 viadutos, duas rampas de escape na pista de descida e melhorias gerais no traçado, espera-se não apenas aumentar a segurança, mas também otimizar a fluidez do tráfego. As obras, com duração prevista de 52 meses, serão realizadas em mais de 30 canteiros simultâneos, gerando cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos, com a maior parte da mão de obra vinda dos municípios de Piraí e Paracambi.

A conclusão da nova pista de subida está agendada para 2028, enquanto a da pista de descida está prevista para 2029. A Federação das Indústrias do Rio (Firjan) destaca que a duplicação não apenas reduzirá o tempo de viagem entre as duas maiores economias do país, mas também promoverá melhorias nos polos industriais das regiões Sul Fluminense e da capital do Rio.

Além de desafogar o trânsito e aumentar a segurança para os aproximadamente 390 mil motoristas que trafegam pelo trecho mensalmente, a expectativa é beneficiar cerca de 20 milhões de pessoas. A rodovia, conhecida por sua importância logística, é responsável por transportar cerca de metade do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, sendo vital para o escoamento de produtos essenciais, como químicos, grãos, carnes, laticínios e minérios, totalizando 43,96 milhões de toneladas de carga por ano.

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