Aumento de casos de Influenza no estado do RJ alerta para a baixa cobertura vacinal contra o vírus

Outbreak of Chinese influenza - called a Coronavirus or 2019-nCoV, which has spread around the world. Danger of a pandemic, epidemic of humanity. Human cells, the virus infects cells, 3d illustration

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) alerta para o aumento de casos associados à Influenza (H1N1) e a baixa cobertura vacinal no estado. Segundo dados do Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ), até o dia 23 de maio de deste ano, foram notificadas 6.068 internações e 468 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o estado. 

Atualizado semanalmente, o novo panorama mostra que, em 2025, o padrão de internações segue parecido com o que foi registrado em 2024. No entanto, ao  analisar  a semana epidemiológica 20, que vai dos dias 11 ao dia 17 de maio, estima-se que tenham ocorrido 658 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). 

Em março, o painel registrou uma média de 12 internações semanais no período que compreende a 9ª e 13ª semana epidemiológica. Em abril, a média semanal subiu para 46 internações, registrando um aumento de 283% em relação ao mês anterior. Até 23 de maio, a média semanal chegou a 85 internações, representando um aumento de 85% em relação a abril.

A superintendente de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde da SES, Luciane Velasque, explica que o panorama da SRAG utiliza o diagrama de controle, ferramenta estatística que, com base em dados dos últimos dez anos, define limites esperados de casos para cada período do ano e permite identificar desvios fora do padrão. Já o modelo de nowcasting estima o número de casos que ainda não foram registrados no sistema devido a atrasos na notificação.

Internações de crianças e idosos também cresceu

O painel também mostrou que, a partir de fevereiro de 2025, as internações por SRAG atingiram um número expressivo de crianças de até 9 anos com destaque para a faixa etária de 1 a 4 anos. Os exames laboratoriais mostram que os vírus mais comuns encontrados nesta faixa etária foram os vírus sincicial respiratório e o rinovírus. 

Entre os idosos a partir dos 60 anos, o vírus mais detectado foi o SARS-COV-2. A partir do final do mês de março, 13ª semana epidemiológica, o Influenza passou a ser detectado com mais frequência entre os idosos. 

Vacinação evita agravamento dos casos

A Secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, ressalta que a vacinação contra Influenza está disponível nos postos de saúde de todo o estado desde 2 de abril.

“O Rio de Janeiro saiu na frente e começou a vacinar o público-alvo na *primeira semana de abril* porque sabemos que os vírus respiratórios são sazonais, então, precisamos estar protegidos contra a doença antes do outono. Apesar disso, nossa cobertura está muito abaixo do esperado. É fundamental que idosos, crianças, gestantes e puérperas sejam imunizados o quanto antes porque a vacina reduz os riscos de agravamento da doença”, enfatiza a secretária. 

Quem é o público-alvo da vacinação?

Apesar de estar liberada para toda a população a partir de 6 meses de idade, o público-alvo da vacinação contra a influenza são as crianças de seis meses a menores de 6 anos de idade (cinco anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto), pessoas com 60 anos de idade ou mais, povos indígenas, quilombolas e pessoas em situação de rua. 

Também fazem parte do público-alvo, trabalhadores da saúde, professores do ensino básico e superior, profissionais de segurança e salvamento, das Forças Armadas, e pessoas com deficiências permanentes. Além disso, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, trabalhadores dos Correios, a população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade também fazem parte do grupo a ser imunizado. Também poderão receber a vacina os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.

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