Um memorando emitido pelo Departamento de Vigilância em Saúde de Volta Redonda, por meio da Nota Técnica 01/2025, na segunda-feira (dia 26), confirmou um aumento expressivo nos casos de síndrome gripal atendidos nas redes pública e privada de saúde. O documento relata três óbitos, sendo dois confirmados por influenza – um na rede privada e outro na pública.
A nota destaca a tendência de crescimento regional e nacional das infecções respiratórias, com foco na influenza, e orienta a adoção de medidas imediatas para conter a disseminação do vírus. Até o momento, os casos graves – classificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – seguem dentro da capacidade de atendimento da rede hospitalar.
A Secretaria Municipal de Saúde determinou uma série de ações emergenciais. Entre as principais medidas estão a ampliação da vacinação contra a gripe para toda a população acima de seis meses de idade; o incentivo à vacinação simultânea contra influenza e Covid-19, especialmente para quem está com doses atrasadas; restrições de visitas hospitalares, com proibição da entrada de pessoas com sintomas gripais ou pertencentes a grupos de risco; reforço na higienização das mãos, uso de álcool 70% e obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os ambientes assistenciais.
A nota também orienta que pacientes em situação de maior vulnerabilidade – como crianças menores de cinco anos, gestantes, idosos e imunossuprimidos – realizem o exame de painel respiratório por RT-PCR e, se necessário, iniciem imediatamente o tratamento com Oseltamivir.
A Vigilância em Saúde reforça ainda a importância da notificação e atualização dos casos de SRAG em até 24 horas, conforme os protocolos do SIVEP-Gripe, além da necessidade urgente de mobilização da população e dos profissionais de saúde para conter o avanço do surto.
O cenário atual foi revelado com exclusividade pela Folha do Aço, na edição impressa da última semana. Até o dia 21 de maio, Volta Redonda já havia registrado 120 mortes por SRAG – uma média de quase uma por dia. Além disso, 552 internações foram contabilizadas no mesmo período, envolvendo casos de influenza, bronquiolite e outras infecções respiratórias graves. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde e estão disponíveis no Painel Monitora.