H.FOA se consolida como centro pioneiro em pesquisas clínicas na região 

A história das pesquisas clínicas começou há quase 300 anos, quando um médico a bordo do navio inglês Salisbury observou que muitos marinheiros eram acometidos por uma doença misteriosa que os deixava fracos e cobertos de feridas na boca, o escorbuto. Movido pela curiosidade e pelo instinto de salvar vidas, ele selecionou doze marinheiros e testou diferentes tratamentos. Para uma das duplas, ofereceu duas laranjas e um limão por dia. Em poucos dias, esses homens começaram a se recuperar. 

Esse episódio, considerado o primeiro ensaio clínico em seres humanos, marcou o início de uma longa jornada científica que transformou a medicina mundial. 

De lá para cá, os avanços foram imensos. Hoje, nenhum medicamento, vacina ou procedimento médico é adotado de forma rotineira sem antes passar por um rigoroso processo de pesquisa, que garante segurança e eficácia. A medicina que praticamos hoje é resultado de pesquisas realizadas ontem e o futuro dos tratamentos depende das pesquisas que estão sendo conduzidas agora. 

De acordo com a oncologista do H.FOA e professora do UniFOA, Dra. Heloisa Resende, todo o processo é altamente regulado e ético. 

“Antes de chegar à fase em seres humanos, os estudos passam por uma série de etapas laboratoriais e testes pré-clínicos em modelos animais. Só depois de comprovada a segurança é que entram nas fases clínicas, sempre com aprovação de órgãos regulatórios por exemplo, se um estudo ocorrerá nos Estados Unidos e no Brasil terá que ser aprovado pelos órgãos reguladores de cada país, como o Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) e pelo comitê de ética a que o hospital que faz a pesquisa está ligado”, explica a médica. 

Ela destaca que a legislação brasileira assegura os direitos dos participantes, colocando o bem-estar do paciente acima de qualquer interesse científico. “Desde o ano passado, a Lei 14.874/2024 reforça essa proteção, tornando o Brasil uma referência em segurança ética nas pesquisas clínicas”, complementa. 

Além de garantir segurança, a pesquisa clínica também traz esperança e acesso antecipado a novos tratamentos.

“Para muitos pacientes, participar de uma pesquisa significa ter a chance de usar terapias inovadoras antes mesmo de elas estarem disponíveis pelo SUS ou planos de saúde. Isso pode fazer toda a diferença na qualidade de vida e na resposta ao tratamento”, afirma Heloísa. 

No Hospital da Fundação Oswaldo Aranha (H.FOA), as pesquisas clínicas têm se tornado um importante pilar de desenvolvimento e inovação. O Centro de Pesquisa do H.FOA atua em projetos voltados ao aprimoramento de terapias oncológicas, incluindo quimioterapias, imunoterapias e terapias-alvo ampliando o acesso dos pacientes a medicações de ponta, sem custos para o SUS. 

Segundo o diretor de ensino do H.FOA, Dr. Igor Braz, essa conquista é fruto de um trabalho técnico e científico que vem se consolidando desde a aquisição do hospital. 

“Fomos credenciados para participar de um estudo internacional sediado na Califórnia, que envolve centros de pesquisa do mundo inteiro. Passamos por um processo rigoroso de avaliação, que analisou desde o perfil e volume de pacientes até a capacidade técnica das nossas equipes. Fomos aprovados em todas as etapas, o que mostra o nível de excelência do nosso serviço”, destaca o diretor. 

Os benefícios vão além do impacto direto nos pacientes. As equipes médicas envolvidas passam por constantes treinamentos e atualizações, promovidos por lideranças científicas internacionais. “Isso eleva o padrão de qualidade do atendimento em todas as áreas do hospital, gerando melhorias contínuas para toda a instituição”, completa Igor. 

Com a qualificação recente para dois grandes projetos internacionais de pesquisa clínica em câncer de mama, o H.FOA se une a instituições de referência no país, como o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e a UNICAMP. 

“Nesses estudos, algumas pacientes receberão o tratamento padrão, já consagrado, e outras terão acesso a terapias com potencial ainda maior de eficácia e menores efeitos colaterais. É um avanço para toda a região”, afirma Heloísa. 

Para o H.FOA, participar de pesquisas clínicas é cumprir seu papel de inovação e compromisso com a vida, aproximando ciência e cuidado humano. 

Ao trazer para Volta Redonda tratamentos de vanguarda e protocolos internacionais, o hospital desponta na região como centro pioneiro em pesquisa clínica, trazendo ao paciente tratamentos inovadores e reafirma seu propósito de transformar o conhecimento em benefício direto para a população. 

Foto: Divulgação

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