O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude, lançou, nesta quinta-feira (dia 25), o projeto “Empoderadas”, que visa o combate à violência de gênero. Com o objetivo de informar às mulheres quais são as principais situações de risco e de que forma é possível sair delas, a iniciativa também vai promover a consciência dos direitos e as leis de proteção. A aula inaugural aconteceu no Centro de Referência da Juventude (CRJ) de Manguinhos, que também vai abrigar um dos polos fixos do projeto.
“O Rio de Janeiro tem índices alarmantes de violência doméstica e o Governo do Estado tem trabalhado para que esta situação mude. A segurança é uma pauta muito importante e o esporte e a defesa pessoal ajudam as mulheres a se protegerem e tomarem consciência das leis de proteção. Desenvolvido como um meio de enfrentamento à violência de gênero e ao assédio sexual, o projeto é democrático e atende mulheres de todas as classes”, disse o secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Felipe Bornier.
Voltado para mulheres – cis, lésbicas e trans, o projeto surgiu da pasta de fomento à juventude e é liderado pela lutadora de jiu-jitsu e MMA, Erica Paes. Atuante na causa de combate à violência de gênero, Erica trouxe sua expertise e ajudou a desenvolver o programa.
“O Brasil é o quinto país do mundo onde mais se mata, estupra e espanca mulheres. A gente desenvolveu um programa em que damos aulas de prevenção e enfrentamento da violência. Ensinamos meninas e mulheres a reconhecerem e se anteciparem à ação de um criminoso, de um importunador sexual e outros abusos. Damos também dicas de segurança para que elas reconheçam e se protejam de uma situação de vulnerabilidade e usamos o esporte e o conhecimento como plataforma”, explicou Erica Paes, coordenadora de Enfrentamento à Violência da secretaria.
As técnicas de defesa pessoal podem ser utilizadas em casos de tentativas de agressões físicas a que o público feminino está exposto em seu cotidiano, além de influenciar positivamente em sua dignidade, segurança e autoestima, sempre valorizando a integridade pessoal por meio do esporte. As aulas do programa são ministradas por professoras capacitadas em defesa pessoal e que ensinam as mulheres a perceberem situações de risco e como agir, evitando o ataque iminente e se defendendo das agressões e assédios.
“Esse projeto é muito importante no combate à violência de gênero. A realização das aulas em locais, como os nossos Centros de Referência da Juventude (CRJs) e no Degase, aproxima as mulheres em situação de vulnerabilidade social do conhecimento, do esporte e, principalmente, do respeito a si mesma”, ressaltou a superintendente de Juventude da secretaria, Thaiz Nascimento.
Foto: Reprodução da internet