Depois de Angra dos Reis ganhar manchetes em todo o Brasil, quando a economia do município criava milhares de postos de trabalho formais num curto período de tempo, agora a situação se inverteu. A crise chegou e os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que a cidade enfrenta grande problema de desemprego. Entre janeiro de 2017 e março de 2019, o município perdeu 2.593 vagas de trabalho, quase 10% de todos os empregos formais registrados (26.993).

Desde janeiro de 2017, o município de Angra registrou 20.509 demissões. No mesmo período foram 17.911 contratações. Uma perda absoluta de 2.593 postos de trabalho. A profissão com o pior saldo nas contratações foi a de soldador, que perdeu 268 vagas. Na sequência vem servente de obras (-255), eletricista (-223), instalador de tubulações (-205) e montador de andaimes (-142).

Por outro lado, as profissões que mais contrataram nestes dois anos foram trabalhadores de serviços de limpeza e conservação de áreas públicas, com 200 novas contratações, seguida de repositor de mercadorias (110), bombeiros civis (82) e atendente de lanchonete (56). Em números absolutos, a profissão que mais contratou no período, com 2.094 admissões, foi o de Vendedor de Comércio Varejista. Este setor, de alta rotatividade, também desligou 2.102 trabalhadores, deixando um saldo negativo de oito vagas. Na sequência aparece Operadores de Caixa, com 1.338 Admissões contra 1.321 demissões, um saldo positivo de 17 vagas.

Construção Civil puxa retomada de postos de trabalho

De acordo com os dados do Caged, no primeiro trimestre de 2019, o índice de contratações em Angra dos Reis mostrou uma retomada. Foram 2.329 admissões, contra 1.873 demissões. O saldo é positivo de 456 novas vagas de emprego. Em 1º de janeiro deste ano, o município da Costa Verdade possuía 26.993 postos de trabalho. A retomada é puxada principalmente por vagas abertas nos serviços e limpeza urbana e principalmente na construção civil, que registrou saldo positivo de 134 novos postos de trabalho para servente de obras.

Grande parte dessas oportunidades ficou concentrada nos meses de fevereiro (97) e março (26). Na sequência foram criadas 101 novas vagas de trabalhador de limpeza e conservação de áreas públicas, a maior parte no mês de março. A mudança no cenário de contratações pode estar ligada a quantidade recente de obras que o município vem promovendo. Segundo levantamento do portal Angranews, mais de R$ 16 milhões foram investidos em asfaltamento de diversas ruas e na duplicação da Praia do Anil desde o início do ano.

Por outro lado, nestes três meses, a profissão que figura com o pior saldo entre contratações e demissões é a de faxineiro (-17), seguida por técnico em radiologia (-16). No primeiro trimestre deste ano, o setor que teve maior rotatividade de empregos foi o de vendedor de comércio varejista, com 229 desligamentos, contra 219 admissões. Saldo negativo de 10 vagas. Na sequência aparece Operador de Caixa, com 132 desligamentos e 119 admissões. Saldo negativo de 13 vagas.

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