Uma ação envolvendo a Coordenadoria de Investigação de Agentes com Foro (CIAF), da Polícia Civil, e o Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral da Justiça (Gaocrim), do Ministério Público Estadual (MPRJ), prenderam em flagrante, neste sábado (dia 7), um vereador de Volta Redonda. O parlamentar foi flagrado no momento em que receberia a quantia R$ 325 mil, supostamente para evitar o impeachment do prefeito Samuca Silva (PSC).
Segundo os órgãos envolvidos na investigação, no momento da prisão, o parlamentar estava em um carro alugado com placa adulterada. De acordo com informações do jornal O Dia, o vereador acusado trata-se de Paulinho do Raio-X (MDB), um dos principais opositores ao governo municipal.
O MPRJ e a CIAF apuram a denúncia de que três vereadores teriam cobrado uma quantia em dinheiro, mais um valor que deveria ser pago mensalmente para não estimular o impeachment que foi votado no dia 3 de março na Câmara de Volta Redonda. Samuca acompanhado de seu advogado procurou o MPRJ e informou que teria conseguido gravar, por meios próprios, a cobrança da propina.
No dia da votação do impeachment a maioria dos vereadores votou contra a abertura do processo. De acordo com a denúncia, após a votação, o parlamentar preso neste sábado ligou para o prefeito e disse que a votação ocorreu “como ele havia prometido e que gostaria de marcar um encontro para receber a propina”.
As gravações feitas por Samuca, além de anotações de valores realizadas pelo vereador, entre outras provas coletadas estão sendo analisadas. O vereador foi conduzido para a unidade, onde prestou depoimento. Ele foi autuado em flagrante pelos crimes de corrupção passiva e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
“As investigações prosseguem para esclarecer todas as circunstâncias do caso. O prefeito e os outros dois vereadores também serão ouvidos”, finaliza comunicado emitido pela Polícia Civil e o MP.
Foto: Divulgação Polícia Civil