O Ministério Público (MPRJ) apresentou, na tarde desta segunda-feira (dia 18), recurso em relação a decisão do juiz da 6ª Vara Civil de Volta Redonda, André Aiex Baptista Martins, que permitiu a manutenção das atividades comerciais no município. A informação foi divulgada pelo prefeito Samuca Silva (PSC), em transmissão ao vivo nas redes sociais
O MPRJ já havia solicitado a anulação do acordo de flexibilização realizado junto ao governo municipal, mas teve o pedido negado pela Justiça na sentença homolagada na última sexta-feira (dia 15).
Segundo Samuca, ao menos 10 estabelecimentos comerciais foram interditados no último fim de semana e esse tipo de comportamento irresponsável, pode despertar dúvidas nas autoridades. “Provavelmente, esse ato da população de ir para ruas de forma deliberada, acaba por chamar atenção do poder público”, destacou.
Nas últimas semanas, o mandatário do Palácio 17 de Julho se reuniu com representantes de templos religiosos, escolas particulares e academias, que buscam alternativas para a retomada de suas atividades. De acordo com o prefeito, com o recurso do MPRJ, o diálogo para a reabertura desses estabelecimentos se torna mais difícil.
“Não está na minha mão, temos uma sentença judicial que fechou tudo na cidade, mas graças ao acordo homologado pelo juiz, pudemos abrir gradualmente. Qualquer novo estabelecimento que reabrir, eu preciso da concordância do MPRJ. Se eles estão entrando com recurso contra a decisão do juiz, eles não vão concordar com qualquer nova proposta. Precisamos, no momento, provar para o MPRJ que temos condições de manter o que foi acordado”, afirmou Samuca.
Números da Covid-19
Volta Redonda registrou, na tarde desta segunda-feira (dia 18), o óbito de um recém-nascido. Segundo o prefeito, era um bebê do sexo masculino, que estava internado em um hospital privado da cidade. Até o último domingo, eram 23 óbitos, porém, o número diminuiu para 22, pois dois casos foram retirados da contagem do município por se tratarem de munícipes de outras cidades.
Os pacientes infectados chegaram a 697 e os suspeitos estão em 1725. Os curados já são 563. A Cidade do Aço permanece dentro das metas para flexibilizar o comércio. Os casos suspeitos tiveram um variação de 1,95%, valor abaixo dos 5% do acordo.
As UTIs estão com 31% de ocupação, índice inferior aos 50% acordado junto ao MPRJ. Já o Hospital de Campanha segue com 5,26% de leitos ocupados, taxa menor que os 60% estipulados pelo MPRJ.