Ao menos 12 funcionários que trabalham em escritório da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, contraíram coronavírus desde o começo da pandemia no Brasil. A informação foi divulgada nesta terça-feira (dia 2) na coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

Os trabalhadores atribuem a explosão de casos à política da empresa de adotar um home office seletivo. Procurada, a CSN não respondeu até a publicação da reportagem.

Na empresa, explicam os funcionários (que preferem não se identificar para evitarem retaliações), há uma avaliação caso a caso sobre aqueles que poderão trabalhar remotamente, e apenas a um número restrito deles foi dado o direito de trabalharem de suas casas. Houve o afastamento de pertencentes aos grupos de risco, como diabéticos, hipertensos, entre outros, mas a empresa não informou se a política se estendeu a todos eles.

Segundo a Folha S.P, grande parte dos funcionários, no entanto, avalia exercer atividades que não dependem da presença física no escritório, mas mesmo assim não foram liberados pela empresa. São atividades que exigem não mais que um notebook e uma conexão à internet, dizem. Eles se queixam de que a quantidade de pessoas presentes no escritório não difere muito da que marcaria um período normal, sem pandemia.

No escritório de Santo Amaro da CSN funciona a parte operacional da empresa -os setores financeiros, fiscal, cadastro de fornecedores. Em Santo Amaro, parte significativa dos funcionários é originária de Volta Redonda. Eles costumam retornar periodicamente para a Cidade do Aço dividindo carros ou pegando ônibus, o que, segundo eles, cria o temor de que estejam contribuindo para disseminar o vírus ou para serem contaminados.

A coluna Painel perguntou à CSN o número exato de casos no escritório de Santo Amaro e na CSN como um todo; se a política seletiva de home office foi aplicada em todos os escritórios; e se a abordagem da empresa à pandemia mudou após o surgimento dos casos. A empresa não enviou retorno. 

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