Dando sequência às entrevistas com os pré-candidatos à prefeitura de Volta Redonda, a Folha do Aço apresenta aos eleitores, na edição desta semana, o perfil da administradora de empresas Dayse Penna. “Não estou satisfeita com a política da minha cidade. A gente precisa de água nova, para limpar essa água turva”, a filiada ao PROS.

O rumo da vida política de Dayse hoje poderia ser outro. A história começa em 2016, quando ela figurou como primeira opção para compor a chapa com o então candidato ao Palácio 17 de Julho Samuca Silva. Naquela oportunidade, ambos estavam filiados ao Partido Verde (PV).

No entanto, 15 dias colocaram a parceria por terra. Isso porque, Dayse transferiu seu domicílio eleitoral fora do prazo previsto pela Lei Eleitoral para candidatos concorrerem. Ela acabou substituída por Maycon Abrantes, atual vice-prefeito.

Passados quatro anos, Dayse encara a etapa vivenciada naquela oportunidade como um aprendizado para enfrentar os novos desafios apresentados em 2020. “Sou grata, pois nunca tinha passado por uma eleição na vida. Participar de uma campanha é um exercício de cidadania”, analisa a agora pré-candidata. “Acho que essa inconsistência foi boa, porque hoje dentro do partido eu consigo dar essa informação às outras pessoas”.

Trajetória

Ainda jovem, Dayse Penna deixou Volta Redonda e mudou-se para São Paulo. Foi na capital paulista que ela escreveu os primeiros capítulos de sua vida profissional, desenvolvendo projetos no terceiro setor. No bairro Sumaré, ela fundou o Centro Educacional Rebouças, voltado para crianças e adolescentes. “Sou nova na política partidária, mas sobre a condição de política de essência, milito desde jovem”, garante.

Ao retornar para Volta Redonda, Dayse Penna presidiu a Associação de Moradores do bairro Conforto, do final de 2011 a 2014. “Nós temos talentos na arte cênica, no esporte, e quando você olha pelo espectro político, onde estão os talentos? Por que a cidade não vê os políticos com bons olhos? O município é um prestador de serviço e a população cobra eficiência”, sintetiza.

As ações desenvolvidas como principal liderança do bairro com cerca de sete mil moradores deram visibilidade à Dayse Penna. Foi então que surgiu o convite para formar a chapa com Samuca. Apesar da parceria não se concretizar nas urnas, a administradora acabou recebendo o convite para assumir a secretaria municipal de Políticas para Mulheres, Idosos e Direitos Humanos de Volta Redonda.

A experiência durou 32 meses, terminando em agosto do ano passado, quando pediu para deixar a pasta. O período no governo, segundo ela, foi suficiente para colocar em prática projetos baseados nos pilares administrativos que pretende adotar em seu futuro governo, caso conquiste nas urnas a preferência do eleitorado.

“Eu já me desenvolvo há muito tempo para resolver problemas da sociedade. Eu fiz isso como secretária municipal, mesmo num conceito menor. O orçamento anterior era de R$ 1,4 milhão e reduziu para R$ 400 mil, além do contingente de efetivo em 50%. Mas ampliamos em 300% o atendimento às mulheres e 1000% para os idosos”, calcula.
Sobre a saída do governo Samuca, Dayse alega incompatibilidade política. “De fato, eu estava muito preocupada em deixar uma chancela, mostrando que aquele formato que a gente implantou poderia ser replicado em outros municípios”, argumentou.  

Propostas   

Evitando rotular sua pré-candidatura, Dayse Penna descreve que o desejo de disputar a prefeitura passa pela necessidade observada de ampliar o diálogo com a sociedade e as condições oferecidas à população. “Não vejo nenhum tipo de representação, observando isso, vi que era o momento de uma participação efetiva dentro do cenário. O segundo aspecto, é essa condição de fazer com que as mulheres se sintam interessadas em se colocar como possibilidade. Já o terceiros aspecto é a condição de política de essência para entrar na política partidária. Mas esse conceito vem de 2015, quando li um livro do [Mário Sérgio, filósofo e escritor] Cortella, chamado Política para não ser Idiota”, explicou.

Analisando o cenário atual do Município, com a queda na arrecadação, Dayse Penna é enfática ao apresentar sua percepção da realidade. “Qualquer um que colocar neste momento que tem uma forma de administrar pós-pandemia está equivocado, porque é a primeira vez que todos nós estamos vivendo um período como este”, afirmou.

Sobre a primeira ação caso conquiste o comando da prefeitura, a pré-candidata do PROS garante que pretende traçar um diagnóstico econômico para direcionar o bem-estar da população e dos próprios servidores públicos. “Isso precisa ser encarado como ferramenta pelo poder público.

Hoje a gente percebe a dificuldade  da cidade funcionar para todos”, pontua. “Política não é profissão, é participação cidadã. Eu sou administradora, e o que me dar mais prazer é planejar e executar”, completa.

Para finalizar, questiona sobre como se definiria para o eleitor que ainda não a conhece, Dayse Penna respondeu: “Filha de Volta Redonda, uma flor de aço. Política de essência e cheia de muito entusiasmo, isso é muito importante”, concluiu a pré-candidata ao governo municipal pelo PROS.

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