A sede da Associação Industrial e Agropastoril de Barra Mansa (Aciap-BM) recebeu na manhã desta quarta-feira (dia 24) os prefeitos Rodrigo Drable (Barra Mansa), Neto (DEM) e Ednardo Barbosa (Pinheiral). O encontro foi para tratar das ações que os três municípios do Sul do Estado pretendem tomar para conter o avanço do novo coronavírus.
Até o início da tarde, as possíveis medidas definidas ainda não haviam sido oficializadas por meio decretos. A expectativa é que isso ocorra até sexta-feira (dia 26), data em que inicia o recesso de 10 dias no estado, com objetivo de diminuir a movimentação de pessoas e combater a disseminação do novo coronavírus.
Uma das propostas debatidas pelos prefeitos é que o prazo do “feriadão” nas três cidades seja reduzido para o período entre 29 de março e 2 de abril. O calendário defendido seria diferente do aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que prevê o recesso entre 26 de março e 4 de abril. As decisões defendidas pelos prefeitos da região não afetariam o funcionamento das unidades de saúde, assistência social, segurança pública, serviços funerários, igrejas e templos, além de outras atividades consideradas essenciais. A ideia, por exemplo, é que o horário de funcionamento do comércio aconteça de 10 às 19h. Volta Redonda, por sua vez, estuda fechar o Zoológico e o Parque Aquático.
Feriados
Para sacramentar as medidas que serão tomadas em Barra Mansa, Volta Redonda e Pinheiral, os chefes do Executivo ainda dependem da sanção ou veto do governador. O texto aprovado na tarde de ontem (dia 23) na Alerj, definiu, após receber 25 emendas, que tanto o governo do estado quanto as prefeituras serão responsáveis por estabelecer as regras de funcionamento e a proibição de abertura dos estabelecimentos durante o recesso. Se houver divergência entre eles, valerão aquelas regras que forem mais restritivas.
“Essa matéria não teve vencidos nem vencedores. É para dar autonomia, já existente na Constituição, aos municípios e aos prefeitos nas últimas decisões. Não é saber quem tá certo ou quem tá errado, não é o momento de ter razão, o momento é de ter juízo”, afirmou o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT).
Os feriados de Tiradentes (21 de abril) e São Jorge (23 de abril) serão transferidos para os dias 29 e 30 de março, respectivamente. Para garantir a redução da circulação de pessoas nesse período, a medida também cria três feriados nos dias 26 e 31 de março e 1º de abril.
“Os leitos estão acabando em todo o Brasil. A proposta do governador não é estabelecer esse período como um momento de lazer, mas dar uma mensagem à população de que essa paralisação emergencial é necessária”, declarou o líder do governo na Alerj, deputado Márcio Pacheco (PSC). Foto: Reprodução