O ex-prefeito de Volta Redonda, Marino Clinger Toledo Neto, morreu nesta quarta-feira (dia 26), aos 88 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado no Hospital Unimed, em Volta Redonda.

Marino Clinger nasceu em Manhuaçu (MG) no dia 16 de outubro de 1933, era médico pediatra e iniciou sua carreira política em 1982, quando elegeu-se vereador à Câmara Municipal de Volta Redonda, na legenda do Partido Democrático Trabalhista (PDT), sendo empossado em fevereiro seguinte. Candidatou-se com êxito, em novembro de 1985, a prefeito de Volta Redonda. Renunciando ao mandato de vereador, assumiu a prefeitura em janeiro de 1986, saindo do cargo em 31 de dezembro de 1988, ao findar o seu mandato.

Era sócio-fundador do Rotary Clube de Volta Redonda-Leste e, em 1970, fundou o Hospital Infantil e a Maternidade de Jardim Amália, também em Volta Redonda.

Afastado por quase dois anos da política, voltou a disputar um mandato parlamentar em outubro de 1990, concorrendo a uma vaga na Câmara dos Deputados. Eleito primeiro suplente da lista de candidatos pedetistas, assumiu o mandato em 19 de março de 1991, na vaga de Brandão Monteiro, que foi nomeado secretário estadual de Transportes pelo governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola (1991-1994). Durante a legislatura, Clinger foi titular da Comissão de Economia, Indústria e Comércio e suplente da Comissão de Viação e Transportes, Desenvolvimento Urbano e Interior da Câmara.

Na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura de um processo de impeachment contra o presidente Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por ligações com um esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua campanha presidencial, Paulo César Farias. Afastado da presidência após a votação na Câmara, Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro seguinte, pouco antes da conclusão do processo pelo Senado Federal. O vice Itamar Franco, que vinha exercendo o cargo interinamente desde o dia 2 de outubro, foi efetivado no cargo.

Em janeiro de 1993, Clinger tomou posse definitiva como deputado federal em substituição a César Maia, que se elegera prefeito do Rio de Janeiro no ano anterior. Ainda nessa legislatura, nas principais votações do período, votou a favor da criação do Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), de 0,25% sobre transações bancárias, criado como fonte complementar de recursos para saúde, e votou contra o fim do voto obrigatório e a criação do Fundo Social de Emergência (FSE), que permitiu ao governo retirar recursos de áreas como saúde e educação para ter maior liberdade de administração das verbas.

Em 3 de outubro de 1994, candidatou-se mais uma vez à Câmara na legenda do PDT, porém não conseguiu se eleger. Dezesseis dias depois, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) decidiu anular a eleição por suspeitas de fraude. Marcado novo escrutínio para novembro seguinte, Clinger saiu novamente derrotado, deixando a Câmara em janeiro de 1995, ao final de seu mandato.

Em outubro de 1996, disputou a prefeitura de Volta Redonda, mas ficou em terceiro lugar no pleito vencido pelo candidato do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Antônio Francisco Neto. Na eleição de outubro de 1998, candidatou-se a uma cadeira na Câmara, na legenda do PDT, não sendo bem-sucedido. Com a posse de Anthony Garotinho à frente do governo do estado do Rio de Janeiro em 1999, Marino Clinger foi nomeado subsecretário de Governo. Em 2000, deixou o PDT, acompanhando a decisão de Anthony Garotinho que rompera com o líder da agremiação Leonel Brizola. Marino Clinger filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), e em outubro de 2002, disputou uma vaga na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, mas não foi eleito.

Em 2009, filiou-se ao Partido da República (PR)

Com informações do Portal da Câmara dos Deputados e da FGV
Foto: Paulo Dimas/Diário do Vale

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