Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) retomam as negociações, nesta sexta-feira (dia 13), da pauta de renovação do Acordo Coletivo 2022-2023. Há duas semanas, as conversas entre as partes estavam estagnadas.  

O encontro agendado pelo diretor de Gente e Gestão da CSN, Leonardo Abreu, acontece em São Paulo e é cercado de expectativa. Na terça-feira (dia 10), Sindicato sinalizou para a deflagração de uma greve da categoria caso a empresa não voltasse a convocar uma reunião.

“Se a CSN não retomar as negociações imediatamente, seus diretores [do SindMetal], unidos aos trabalhadores da empresa, vão partir para greve. Mas uma greve legal, seguindo todos os requisitos da lei, como aprovação da greve em assembleia dos trabalhadores e publicação de edital de greve e todos os rituais da lei nº 7783/89”, ameaçou em trecho publicado no Boletim 9 de Novembro.

A Folha do Aço apurou que a empresa pretende manter a proposta de abono de 1.9 salário, correspondendo a 76% do Target, relativo ao exercício de 2021. Índice semelhante foi aprovado na segunda-feira (dia 9) pelos trabalhadores da CSN Paraná. A margem de negociação ficaria para uma possível melhoria nas condições do valor do cartão alimentação, com direito a cargas extras. 

Para a direção do SindMetal, o cenário apresentado pelo grupo nos últimos dois anos é positivo, podendo ser convertido na valorização dos trabalhadores. “A CSN deu a volta por cima e bateu o recorde, lucrando mais de R$ 13 bilhões em 2021, e agora não quer dar um pedaço do bolo aos que são verdadeiramente os responsáveis por esse resultado financeiro da empresa, os metalúrgicos, mineiros e portuários”, pontuou o informativo.

Cenário atual

A última proposta votada pelos trabalhadores das fábricas de Volta Redonda e Porto Real (Galvasud) foi recusada em votação realizada no dia 27 de abril. A pauta previa reajuste de 11% para aqueles que ganham até R$ 3 mil; 9% para os funcionários com salários até R$ 5 mil; e 8% para os que recebem acima deste valor.

Outros itens recusados foram cartão alimentação de R$ 450; carga extra no cartão alimentação de R$ 800 (divididos em duas parcelas); e cartão banco de horas de R$ 800. O atual Acordo Coletivo tem validade até 31 de maio, preservando todos os benefícios previstos no contrato vigente.

Foto: Evandro Freitas

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