Dentre as mais de 28 mil candidaturas aptas a concorrer a um cargo público nas eleições de outubro, 476, ou seja, pouco mais de 1% dos candidatos, declaram ter alguma deficiência, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desse total, 264 informam ter deficiência física (53,66%), 115 visual (23,37%), 59 auditiva (11,99%), 13 autismo (2,64%) e 41 de outro tipo (8,33%). Entre os registros, 306 são do gênero masculino, 169 do feminino, e um não informado.

Ainda de acordo com dados do TSE, nas eleições deste ano, há 163 mil seções com acessibilidade e adaptadas para receber 1.271.381 de eleitores que possuem algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, providências importantes e necessárias para garantir a cidadania de todas essas pessoas.

Cabe informar que todas as urnas eletrônicas têm condições de atender pessoas com deficiência visual. Além do uso do sistema Braille e da identificação mais evidente da tecla “5” no teclado da urna, também serão disponibilizados fones de ouvido para que pessoas cegas ou com baixa visão recebam sinais sonoros com a indicação do número escolhido e o retorno do nome da candidata ou do candidato por meio do uso de voz sintetizada.

Para promover a inclusão social e facilitar o voto de pessoas com deficiência auditiva, o TSE aprimorou também os softwares já existentes e instalou novos recursos de acessibilidade nas urnas eletrônicas que serão utilizadas nas Eleições 2022. Os equipamentos contarão este ano com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Além disso, um vídeo feito por uma intérprete de Libras será apresentado em todas as urnas preparadas para o pleito, indicando, para a pessoa votante, qual cargo está em votação no momento.

Para o cientista político Guilherme Teixeira, a representatividade é fundamental para o bom funcionamento da democracia. “Ela auxilia em um melhor uso do aparato público em busca da garantia de direitos. No caso das pessoas com deficiência ainda é possível observar um baixo número de candidaturas, nos fazendo refletir sobre como nossa sociedade não encoraja e, sobretudo, não proporciona oportunidades para a inserção de minorias na atuação política, que ainda hoje é um espaço majoritariamente composto pelos membros das elites sociais e econômicas, embora existam esforços para mudar esse cenário”.

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