Coloridas, enfeitadas, criativas e a cada ano mais modernas. As Caixinhas de Natal continuam espalhadas pelo comércio com a incumbência de melhorar o fim de ano para trabalhadores dos mais diversos segmentos. Nos salões de beleza, em padarias, nos pet shops e até mesmo nas portarias dos prédios, os organizadores do ‘cofrinho natalino’ esperam faturar um bônus de fim de ano com a generosidade dos clientes que passarem por ali.

“A Caixinha de Natal é de lei. Vai chegando o final do ano e meus funcionários já ficam ansiosos para colocá-la no balão e esperar as contribuições. Quando chega na véspera do Natal, fazemos a contagem e a divisão, e, normalmente, todo mundo sai feliz”, conta Joel Rodrigues, proprietário de uma loja de utensílios domésticos no bairro Retiro.

Mesmo com a escassez das moedinhas, não há desculpas para não ajudar a reforçar o orçamento dos atendentes no fim do ano. Hoje, é bastante comum encontrar as caixinhas com uma ‘chave’ ou um QR Code para contribuições via Pix, uma maneira estratégica e inteligente para garantir o maior número de doações dos clientes e incrementar os festejos de Natal e Ano Novo.

A propósito, a modalidade de pagamento instantâneo e gratuito já superou a marca de dois bilhões de transações e um trilhão de reais por mês, segundo dados divulgados recentemente pelo Banco Central.

Nos condomínios

Assim como no comércio, é trivial também encontrar as Caixinhas de Natal nos halls e nas recepções dos prédios comerciais ou residenciais. Dessa forma, o morador ou o condômino que puder e quiser contribuir, pode fazê-lo e, assim, reconhecer a importância do serviço prestado pelos porteiros, profissionais de limpeza e seguranças do local.

“Aqui no prédio sempre colocamos a Caixinha. Além de ser um costume que faz parte da tradição brasileira, é também uma forma de valorizar os trabalhadores que fazem a diferença no nosso dia a dia”, relata Mário Raposo, síndico de um prédio do bairro Jardim Amália, em Volta Redonda.

Especialista recomenda

Assim como dar gorjeta, contribuir com a Caixinha de Natal nos estabelecimentos deve ser um ato voluntário, não uma obrigação. A prática, no entanto, é recomendada por especialistas, desde que seja de livre e espontânea vontade.

 Arthur Rosas, mestre em economia e diretor da Estácio Resende, diz que a principal dica é se organizar para essas doações, não permitindo que impactem no planejamento das compras de final de ano.

“Ajudar ao próximo sempre nos traz um sentimento bom, é muito gratificante. Mas precisamos estar atentos em relação ao montante envolvido nessas ações, para que não acabe prejudicando o orçamento familiar, tendo em vista que as demandas em relação a essas doações ocorrem com muita frequência”, explica.

Para o especialista, a doação para a caixinha é um gesto de gentileza do cliente para com seu atendente. “Caso sinta-se pressionado, ou até mesmo coagido, a doação perde totalmente o sentido. Nesse caso, acredito que o ponto de atenção seja mais voltado ao lojista e não para o consumidor, que tem plena autonomia para esse tipo de decisão”, destaca.

Arthur cita também a facilidade para o pagamento das tradicionais Caixinhas com o avanço do pagamento instantâneos criado pelo Banco do Brasil, o popular PIX.

“O sistema de pagamento via PIX, é um avanço em benefício à sociedade. Facilita e desburocratiza as transações financeiras e, certamente, pode ajudar a todos os envolvidos. A atenção fica em relação à abordagem entre vendedor ou lojista para com a clientela, para que o ‘agrado’ não seja encarado como algum tipo de ‘pressão’ ou ‘obrigação'”, alerta.

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