A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o Carnaval deste ano deve movimentar cerca de R$ 8,18 bilhões na economia brasileira, um montante 26,9% maior que no ano passado. Com o fim das restrições impostas pela pandemia de Covid-19 e diante da chegada de novidades nas lojas dos mais diversos segmentos, os estabelecimentos comerciais esperam um incremento nas vendas até o término da maior festa popular brasileira.
Este ano, o Carnaval está marcado para acontecer nos dias 20 e 21 de fevereiro, segunda e terça-feira, respectivamente. Não apenas por conta da festa momesca, mas a expectativa de altas temperaturas também deve ajudar a aquecer as vendas no comércio da região. Segundo lojistas ouvidos pela Folha do Aço, itens de vestuário, moda praia, ótica, bebidas e carnes estão entre os produtos mais vendidos nesta época.
A empresária Thaysa de Freitas aposta na diversificação de tendências da moda para impulsionar os negócios na sua loja de roupas femininas. “Desde o começo do ano, as clientes, sempre antenadas, já estavam enviando inspirações e pedidos para que eu procurasse looks de Carnaval nas viagens. Fiz uma boa pesquisa e trouxe moda para todos os gostos e bolsos. São fantasias, tops metalizados, saias de tule, entre outras propostas para as meninas brilharem nos bloquinhos”, destaca a lojista.
João Luís Baylão é proprietário de um açougue na Vila Americana e também espera por um movimento maior nos próximos dias. “O Carnaval é uma incógnita, muita gente aproveita o feriado prolongado para viajar. Mas, mesmo assim, a venda de carne para churrasco costuma ser boa. Os itens que mais vendemos nessa época são a picanha, alcatra, contra-filé, linguiça e asa, além da costela e o toucinho de barriga. Uma carne mais barata e muito boa que sai bem é a fraldinha”, enumera João.
Entre os micro e pequenos negócios beneficiados pela realização do Carnaval, também destacam-se os profissionais de costura e de beleza. Joana Bittencourt é cabeleireira, manicure e pedicure. Ela conta que já não tem mais espaço na agenda para os dias que antecedem o feriado.
“Muitas clientes irão viajar e as que não vão querem estar bonitas para participar de alguma festa, churrasco ou passeio. Serviços de unha, sobrancelha e cílios estão entre os mais pedidos até agora”, comenta Joana, que abriu mão do descanso para faturar um ‘extra’ neste mês.
Já a costureira Sandra Raposo precisou dar uma pausa nos serviços rotineiros de cortina e roupas de cama que produz para se dedicar à confecção e customização de abadás e outros adereços carnavalescos. “A procura está grande. Uma cliente vai indicando para outra. São looks para os mais diversos tipos de festa e a criatividade da mulherada não tem fim. Já fui à rua várias vezes para comprar mais pérolas, pedras, paetês e plumas para fazer jus às exigências delas”, diverte-se a costureira.
Aumento nas vendas
O Sindicato do Comércio de Volta Redonda (Sicomércio-VR) projeta crescimento de 10% nas vendas neste período de Carnaval num comparativo com os três últimos anos, quando as restrições contra a Covid-19 limitaram a realização de eventos.
“Neste ano, os blocos e bailes, que já estão acontecendo com o pré-carnaval, contam com uma programação mais intensa, ampliando a expectativa. As pessoas que curtem uma folia, com certeza, buscam mais por fantasias, adereços, acessórios e roupas mais leves, movimentando o varejo”, afirmou o presidente Levi Freitas.
Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda (CDL-VR), outro setor que também acaba se beneficiando são os bares e restaurantes, que promovem atividades de olho na data, aproveitando os foliões que estão nos blocos. “Além desses setores como vestuário, acessórios e gastronomia, os supermercados também apresentam aumento nas vendas, porque as pessoas que vão viajar acabam fazendo compras na cidade para evitarem filas em cidades turísticas, onde tem muita aglomeração, sem contar que aproveitam o feriado também para reunir a família e os amigos, fazer um churrasco”, comentou o presidente da entidade, Leonardo Almeida.
