Nesta semana, em Barra do Piraí, agentes do Serviço Reservado do 10º Batalhão de Polícia Militar detiveram um rapaz, de 24 anos, que fazia apologia a ataques em escolas. Ele foi identificado após uma postagem em uma página no Facebook, com o intuito de promover pânico e terrorismo na cidade. O jovem foi detido no bairro Chalet e levado para a 88ª Delegacia de Polícia, onde teve a prisão em flagrante decretada.
No mesmo dia, em Barra Mansa, o prefeito Rodrigo Drable anunciou a instalação de câmeras de segurança em todas as 70 unidades escolares da rede municipal, incluindo escolas e creches. A Prefeitura também informou que serão adquiridas novas viaturas para ampliação do serviço de Ronda Escolar e um cão farejador, especificamente treinado pela Guarda Municipal, para encontrar armas e drogas nas escolas e suas imediações.
Em Porto Real foi realizada uma reunião para discutir um Planejamento Estratégico com ações que visem garantir um ambiente seguro em toda a rede de ensino. As medidas envolvem a capacitação dos profissionais da educação, palestras voltadas aos estudantes e um estudo para implantação de Simulações e Treinamentos em casos de emergência.
Já em Volta Redonda foram anunciadas medidas como instalação de câmeras de monitoramento em todas as unidades escolares públicas, sendo que para as estaduais está sendo feito um convênio para possibilitar o projeto, que também será oferecido às escolas particulares. Também será feito, segundo a Prefeitura, um estudo de viabilidade para a instalação de “botão de pânico” nos estabelecimentos de ensino.
Outra medida anunciada foi a intensificação de visitas às unidades de ensino da Patrulha Escolar da Guarda Municipal. O trabalho de prevenção ocorreu após autoridades de segurança e profissionais da educação relatarem dezenas de chamados sobre possíveis ataques.
No total, a Rede Municipal de Educação da Cidade do Aço conta com 104 unidades, entre creches, escolas, escolas especializadas e centros de educação infantil. A prefeitura atende um número aproximado de 36 mil alunos. Além disso, o governo municipal está levantando dados que permitam atender a lei municipal que prevê a identificação de todas as pessoas que entrarem nas unidades de ensino, seja por meio de um sistema de biometria ou até mesmo com reconhecimento facial, por exemplo.
Pinheiral, Itatiaia e Quatis também intensificaram as ações de segurança visando garantir mais tranquilidade aos alunos, pais e responsáveis.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, por sua vez, criou uma série de medidas para identificar e prevenir a violência nas escolas. A secretaria de Polícia Civil instaurou inquérito para monitorar aplicativos e perfis em redes sociais em que o conteúdo indique possível ataque a uma unidade escolar, enquanto a Polícia Militar intensificou o trabalho da Patrulha Escolar com ações preventivas e reforçou o policiamento em unidades escolares que receberam denúncias.
A PM também está desenvolvendo o aplicativo ‘Rede Escola’ com botão de emergência que aciona eletronicamente o serviço 190. Um comitê permanente com a secretaria de estado de Educação e as forças de segurança vem se reunindo regularmente para a formalização de protocolos.
Além disso, um treinamento de gestão de crise está sendo elaborado pelas forças especiais de segurança para capacitar professores e funcionários de escolas públicas e privadas.
“A SEE está trabalhando em parceria com as polícias Civil e Militar, encaminhando as denúncias que vêm surgindo nas redes sociais e que estão causando preocupação entre os alunos, pais e profissionais da rede de ensino”, diz um comunicado enviado pelo Governo do Estado, que reafirma estar trabalhando para que o ambiente escolar seja sempre de paz.
Canal de denúncias
O Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a SaferNet Brasil, criou um canal exclusivo para o recebimento de informações de ameaças e ataques contra as escolas. A ação é uma das diversas da Operação Escola Segura, lançada no dia 6 de abril. Todas as denúncias são anônimas e mantidas sob sigilo.
Foto: Divulgação/PMVR