Na próxima quarta (dia 4), o governador Cláudio Castro (PL) tem programado um giro por cidades do Sul Fluminense. Com objetivos políticos, o roteiro inclui uma passagem por Volta Redonda.

Maior colégio eleitoral da região, o Município recebeu uma vultosa injeção de recursos financeiros do Estado nos últimos meses. Uma espécie de “recompensa” de Castro pelos 89.868 votos (58,77%) recebidos dos eleitores da Cidade do Aço nas eleições de 2022.

Principal cabo eleitoral de Castro, o prefeito Neto (PP) nunca escondeu a sua gratidão pelo governador. E a proximidade entre eles fomenta uma pergunta: na agenda da próxima semana estaria inserido um tour pelas ruas de Volta Redonda?

Isso acontecendo, Cláudio Castro poderia conhecer a situação atual de um dos principais cartões postais de Volta Redonda: a Rua 33. Mas para isso ele terá que enfrentar a poeira e a dificuldade na locomoção. Quem sabe, ele não ajude Neto a soprar as velas do bolo em “comemoração” aos dois anos de início da revitalização de um dos maiores centros comerciais e de serviços da região.

Mas é bom que o governador e sua equipe fiquem atentos a alguns detalhes: com custo superando a ordem de R$ 18 milhões – o que não inclui o asfalto, que ainda precisará ser licitado, segundo fontes ouvidas pela Folha do Aço -, há 24 meses a empreitada causa transtornos aos moradores da Vila Santa Cecília. Neste período, lojas e clínicas fecharam as portas devido ao prejuízo financeiro.

Outras sugestões

Aproveitando a agenda em Volta Redonda, o governador Cláudio Castro também poderá acompanhar in loco o andamento das obras do novo plano de mobilidade urbana, uma parceria entre Estado e Município. Deslocando pelas ruas da Cidade do Aço, o chefe do Executivo estadual poderá verificar a construção da alça no Viaduto Heitor Leite Franco.

Logo à frente, Castro observará os cerca de 500 metros de um trecho na Avenida 7 de Setembro, no Aterrado, sem asfalto. Seguindo no tour, no bairro Aero Clube, a comitiva do governador precisa ficar atenta para não arriscar esbarrar nas vigas que sustentarão a pista de rodagem da ponte que está sendo erguida.

Um dos erros mais bizarros da engenharia da história de Volta Redonda, recentemente provocou um acidente, envolvendo um caminhão, que ficou preso debaixo da alça suspensa que está sendo construída na Avenida Ministro Salgado Filho. A parte superior do veículo ficou agarrada na estrutura do viaduto, com altura de 3,20 metros. Ninguém ficou ferido.

 A solução viável para resolver a questão da altura da alça do novo viaduto na parte mais baixa – e assim evitar que outros veículos (entre eles de autoridades) fiquem presos na estrutura da nova ponte -, segundo um engenheiro que prefere não ser identificado, seria o afundamento da via, criando um mini-mergulhão, de mais ou menos 1,50 metro.

Não fosse suficiente o erro de cálculo do projeto, significando aumento de custo aos cofres públicos do Município e do Estado – parceiro na obra -, a construção da nova ponte e das alças sobre o Rio Paraíba do Sul está com três meses de atraso. Com extensão de 418 metros, o prazo para a entrega era 365 dias. Para piorar a situação, segundo a avaliação de técnicos do setor, pouco mais de 40% dos trabalhos foram executados até o momento.

O projeto de mobilidade urbana que trata de pontes e viadutos engloba a construção de um novo viaduto ligando os bairros Jardim Amália ao Aterrado; construção de alça no Viaduto Heitor Leite Franco; revitalização da Avenida do Canal; uma nova ponte sobre o Rio Paraíba do Sul, saindo do Aterrado até a Radial Leste; e a construção do Viaduto Nossa Senhora do Amparo, em Niterói, próximo ao trevo em frente ao 28º Batalhão de Polícia Militar.

Foto: divulgação

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