O penúltimo dia de 2023 reflete um ano marcado por atrasos nas obras da administração do prefeito Neto (PP), especialmente na área da saúde. Enquanto o político se recupera de uma cirurgia cardíaca realizada em um hospital particular na Zona Sul do Rio de Janeiro, a população de Volta Redonda enfrenta dificuldades.

O Serviço de Pronto Atendimento (SPA), conhecido como Cais Conforto, permanece fechado para obras desde julho de 2022. A interrupção, justificada pelo Palácio 17 de Julho devido a alterações no projeto original, já supera um ano. O orçamento inicial de R$ 681 mil aumentou para cerca de R$ 1 milhão, representando um acréscimo de 47%.

Os moradores da região do Conforto e adjacências são obrigados a se deslocar para outras unidades públicas, como os hospitais do Retiro, São João Batista e Dr. Nelson Gonçalves. Apesar das interrupções, a Prefeitura alega que ajustes necessários foram realizados para readequar o projeto original.

A secretária municipal de Saúde, Conceição de Souza, destaca que, quando concluída, a unidade passará por melhorias em todos os espaços, beneficiando pacientes, acompanhantes e funcionários. O ano se encerra com o governo Neto deixando mais uma vez a desejar na saúde pública de Volta Redonda.

Atrasos e Custos Elevados na Reforma da UPA Santo Agostinho

Além dos desafios enfrentados na obra do Cais Conforto, a administração do prefeito Neto encerra o ano de 2023 sem concluir a reforma da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santo Agostinho. A obra, sob responsabilidade da Construtora Foxer, enfrenta desafios significativos, com um aumento de 35,74% nos custos em relação ao contrato inicial assinado em fevereiro deste ano.

Segundo informações do Diário Oficial do Município, o valor da obra teve dois aditivos nos últimos dez meses, resultando em um custo atual de R$ 3,3 milhões, superando os R$ 2,45 milhões inicialmente previstos. Os reajustes, registrados em julho e novembro, totalizaram 35,74% de acréscimo, principalmente devido à inclusão de novos itens no projeto.

O cronograma inicial, com início previsto para setembro de 2022, só foi iniciado em fevereiro deste ano após um novo processo licitatório, devido ao não cumprimento dos termos do contrato pela empresa anterior. Atualmente, os atendimentos da UPA Santo Agostinho são realizados provisoriamente na Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), atendendo cerca de 170 pessoas diariamente.

Assim que concluída, provavelmente em 2024, ano eleitoral, a capacidade de atendimento da nova UPA será de até 250 pacientes diariamente. O governo municipal destaca que a obra está em fase de ajustes finais e equipamentos começam a chegar. Lembrando que os atrasos no cronograma das obras significam aumento de custos aos cofres públicos.

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