Em um típico ano eleitoral, não surpreende que políticos apresentem uma série de promessas e abordem temas esquecidos nos gabinetes, repletos de promessas para chamar a atenção pública. Em Volta Redonda, essa prática se manifesta, normalmente, colocando imóveis pertencentes à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) como pano de fundo. Quem não se lembra da reabertura do Escritório Central para, entre outras coisas, abrigar a universidade pública de medicina? Até hoje, o histórico edifício segue fechado.

Esta semana, mais uma área pertencente ao grupo do empresário Benjamin Steinbruch voltou a ser assunto. Neste caso, a discussão foi sobre a possível negociação do complexo do Recreio do Trabalhador, localizado na Vila Santa Cecília. O prefeito Neto (PP) trouxe o assunto à luz durante um encontro na segunda-feira (dia 29) com representantes da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no Hotel Bela Vista, destacando o interesse do Serviço Social do Comércio (Sesc) de adquirir a área tombada pelo Patrimônio do Município.

Em sua entrevista semanal a uma emissora de rádio na manhã de quinta-feira (dia 1º), Neto afirmou que a proposta – no valor de R$ 56 milhões, conforme se especula -, está em discussão. “A coisa está avançando”, revelou o político, que diferente de mandatos anteriores, hoje conta com uma relação mais próxima com a empresa.

Preservação das

instalações

A proposta de venda do Recreio do Trabalhador ao Sesc levanta diversas questões. Primeiramente, a negociação envolve valores significativos. Além disso, é crucial considerar o destino e a preservação das instalações, que desempenharam um papel importante na história esportiva e de lazer da comunidade.

A possível aquisição por parte do Sesc também levanta a questão sobre como a entidade planeja revitalizar e utilizar o espaço. Programas culturais, esportivos e educacionais podem ser implementados para assegurar que o local volte a desempenhar um papel vital na vida dos volta-redondenses, que já perderam o acesso a uma instalação localizada na área central da cidade.

A área do Recreio do Trabalhador, fechada ao público de forma definitiva em junho de 2020, é considerada uma das mais tradicionais de esporte e lazer em Volta Redonda. A Fundação CSN, mantenedora do espaço, justificou o fechamento alegando os impactos da pandemia. Antes disso, em março do mesmo ano, as catracas já haviam sido fechadas devido às restrições impostas pelos decretos governamentais.

O contexto que levou ao fechamento do Recreio envolveu a redução acentuada do quadro de sócios, impactando a arrecadação e os recursos para manutenção. Com a pandemia, a situação se agravou, culminando na dispensa de todos os funcionários, incluindo educadores físicos, vigilantes e outros profissionais.

Inaugurado em 1954, o Recreio do Trabalhador abrigava uma infraestrutura robusta, incluindo um ginásio poliesportivo, quadras de tênis, campo de futebol, pista de atletismo e um complexo de piscinas. Atualmente, essa estrutura encontra-se em total estado de abandono.

Foto: arquivo

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