Na quarta-feira, dia 10, os metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) aprovaram a proposta de renovação do Acordo Coletivo 2024/2025. Como resultado, na próxima segunda-feira, dia 15, será depositado o abono equivalente a 1,75 salários para os trabalhadores da área operacional da Usina Presidente Vargas. Somando-se ao acordo já firmado pela CSN Porto Real nos dias anteriores, a economia de Volta Redonda e região receberá uma injeção de aproximadamente R$ 200 milhões, em plena reta final do mês.

Nos bastidores da assembleia de votação da proposta da CSN, a tensão foi evidente. Desde o dia 7 de abril, uma nova queda de braço entre a atual direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e o ex-presidente Edimar Miguel tomou conta do cenário. Destituído do comando da entidade desde o final de fevereiro, por supostas irregularidades em sua gestão, Edimar tentou suspender a votação. Entretanto, o juiz Thiago Rabelo da Costa, titular da 3ª Vara do Trabalho de Volta Redonda, indeferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela definitiva.

Prevaleceu, assim, a aprovação da proposta com 4.140 votos favoráveis (72% dos votos válidos) e 1.598 contrários. Houve ainda seis votos em branco e cinco nulos. A disputa interna pelo comando da maior entidade continuará nos tribunais, enquanto os metalúrgicos asseguraram o abono de 1,75 salários para o pessoal operacional, além de um reajuste salarial de 3,4% para quem recebe até R$ 5 mil, incluindo supervisores e técnicos, e de 2,4% para vencimentos superiores a este valor, retroativo ao dia 1º de maio.

O cartão alimentação foi reajustado para R$ 1.030, e o banco de horas renovado, a ser pago em forma de crédito extra no cartão alimentação de R$ 900, sem a participação de 5% do empregado. Adicionalmente, o novo acordo estabelece R$ 698 de auxílio-creche.

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