O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Volta Redonda e região está enfrentando, junto com a sua categoria, um impasse na assinatura da convenção coletiva com o Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário (Sinduscon) do Sul Fluminense. A proposta de reajuste já foi aprovada, mas, segundo a entidade, o Sinduscon está questionando o parágrafo 5º, da cláusula 45ª da convenção, aprovada pelos trabalhadores junto à pauta de reivindicações no dia 24 de maio, por 84,13% dos votantes na assembleia.

Segundo o Sindicato da Construção Civil, a cláusula trata sobre a importância de que todos os trabalhadores, que se beneficiarão das conquistas do sindicato na convenção coletiva, contribuam para fortalecer a continuidade da luta pela manutenção dos benefícios e dos direitos. Isso seria aplicado através do desconto de 5% no vale-alimentação (cesta básica) do trabalhador para aqueles que não contribuem mensalmente com o sindicato.


De acordo com o presidente do sindicato, Zeomar Tessaro, para acabar com o impasse, a entidade propôs ao Sinduscon que retire o desconto desde que os trabalhadores não sejam penalizados com a perda da cesta básica ao apresentar atestado médico, independente da quantidade de dias afastados. “Essa é uma reivindicação que vem sendo feita há anos pela categoria e que o Sinduscon nunca concordou em alterar. Além disso, a legislação garante que todos os trabalhadores podem se opor a contribuição assistencial ao sindicato, assim como a livre associação. O que sindicato busca é o fortalecimento, a organização e a unidade da categoria para garantia dos direitos e ampliação dos benefícios. Por isso, o sindicato não abre mão nesse impasse de garantir que os seus trabalhadores não tenham perdas de cesta básica no caso do atestado médico”, explica Tessaro.

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